sexta-feira, 22 de julho de 2016
"JE SUIS FRANÇAIS" MATÉRIA PUBLICADA NO DIÁRIO EM 22/07
“Je suis français”
O mundo está perplexo. Mais uma vez os desajustes individuais, de grupos, de nações estão conduzindo países ricos, emergentes e pobres para uma crise que abrange aspectos éticos, morais, socioeconômicos, políticos, de desesperança, de irresponsabilidade, de injustiça e de violência. Para aonde vamos? O que queremos? No último dia 14, a França comemorava mais um ano da “Queda da Bastilha”, movimento apoiado em três palavras que representam a essência da democracia: liberdade, igualdade e fraternidade. É a maior festa nacional daquele País amigo. De repente, na bela cidade de Nice surge no meio da multidão um caminhão dirigido por um monstro, covarde e criminoso atropelando centenas de pessoas, deixando mais de cem mortos e duzentos feridos. Verdadeira barbárie. Por quê? Qual a razão? Não existe razão para tamanha perversidade e ignorância. Não basta dizer que é um “lobo solitário” ou é a orientação de algum grupo terrorista, mas o apocalipse moral e ético da sociedade mundial. Saliento, todavia, que tal quadro dantesco não é culpa da democracia, como chegam a dizer alguns idiotas, mas a falta de democracia. Nos últimos dois anos, a França foi agredida de forma terrível por três atentados: Charlie Hebdo, Bataclan e agora Nice. Outros países também estão sendo vítimas de ações terroristas, matando inocentes. Falta generosidade e entendimento entre as pessoas. “ Quando em desespero, eu me lembro que durante toda a história o caminho da verdade e do amor sempre ganharam”(Mahatma Gandhi). “Nous sommes françaises”.
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC
sábado, 16 de julho de 2016
ANIVERSÁRIO DE GISELDA MEDEIROS - 2016
A Presidente de Honra da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - CE, Giselda Medeiros, recebeu bela homenagem pelo transcurso de seu aniversário.
Ajebianas e ajebianos compareceram ao almoço, dia 13 de julho, no Náutico Atlético Cearense para cantar os parabéns.
A Presidente Gizela Nunes da Costa passou a condução dos trabalhos à cerimonialista, escritora Francinete Azevedo, antes, porém, prestando uma homenagem póstuma, com um minuto de silêncio, à Lúcia Helena Pereira, pelos seus feitos à AJEB-RN, como presidente dessa coordenadoria e pelo seu dinâmico trabalho como Presidente Nacional da AJEB.
A cerimonialista exaltou a pessoa e a escritora, Giselda Medeiros, com belas palavras. Em seguida, passou a palavra à secretária, Rejane Costa Barros, responsável pela louvação à aniversariante. Com um discurso poético, Rejane traçou a personalidade da escritora homenageada (transcrito mais abaixo).
Em nome da família de Giselda, seu filho, Jorge Francisco de Medeiros, fez os agradecimentos pela homenagem à sua mãe.
A aniversariante, em rápidas palavras, mostrou sua visível emoção, agradecendo a todos os amigos ali presentes com um poema.
O jornalista Vicente Alencar fez a leitura das notícias culturais.
Ao final, as fotos, imagens da bela recepção.
Giselda Medeiros e a celebração da vida
O Ceará, terra bem-aventurada que produz bons frutos, permitiu que Prata se transformasse em ouro. Fortaleza recebeu uma menina, que cresceu, virou mulher, estudou, tornou-se professora, casou, construiu uma bela família, talentosa, que decifrou os mistérios da literatura, tornou-se poetisa de primeira linhagem e também a Princesa dos Poetas do Ceará. Intelectual de provada e admirada sabedoria, descobriu com perfeito discernimento o saber e o sabor da poesia, sua grata companheira, usando-a como fonte vital de sua produção. Destaca-se ainda, no conto, na trova, na crônica, na crítica literária.
Giselda Medeiros é mulher simples, sensível, bem-intencionada e que ama Fortaleza, pois por ela foi recebida e adotada como filha. Sabe ser moderada na medida em que não é submissa e sabe ser audaz, se fazendo nobre, sem soberba. Tem um jeito franco e cordial de ser, naturalmente, sem precisar fazer tipo, sem nunca fingir ou negar sua personalidade. Sua alma é ampla e aberta como o sol que brilha a cada dia. Seu coração, assim como o nosso mar, é belo de se ver e navegar. Sua vida é assim, sem mistério ou disfarces, desfraldada como uma bandeira, sugerindo esperanças e convidando-nos a acompanhá-la. É feita de pura paixão. De ânsia de trabalho e de vitória. De luz e fé. Como todo o bom povo nordestino.
Nascida no dia 14 de julho, onde ainda hoje se comemora, na França, a vitória da liberdade, com a Tomada da Bastilha, filha do casal Jorge Francisco de Medeiros e Raimunda de Sousa Fernandes Medeiros, tem muitas histórias a nos contar e muitas lições de vida a nos repassar.
Um dia o destino tratou de nos aproximar e de nos fazer amigas. Assim, permanecemos. Desfrutamos de uma cumplicidade literária e afetiva, e agradecemos sempre por esse encontro, pleno de respeito, admiração e reciprocidade. Essa mulher de marca esplêndida de dignidade não tem frustrações e sente-se uma pessoa feliz com o mundo em que vive e com sua família; é um ótimo exemplo a ser seguido.
Giselda honra-me a sua fidelidade e o tratamento afetivo que me dispensa diariamente. Procuro também dedicar a ti o meu desvelo, minha solidariedade, e um amor altaneiro e sincero, de amiga, com a felicidade de nesse recente Dia das Mães de 2016, ter recebido de ti um recadinho muito carinhoso no qual me adotavas como filha em seu sensível coração materno. Obrigada!
O poeta Alberto de Oliveira, num de seus poemas diz que a boa idade é a da maturidade, porque é o tempo da sabedoria e da serenidade. E realmente, é.
Amiga, que Deus, que a fez com toda essa capacidade de não envelhecer, a conserve desse mesmo jeito: companheira de todos os momentos, boa e leal em todas as circunstâncias, com essa lucidez poética incrível e esse espírito de menina-mulher plena de jovialidade interior.
Receba de todos nós, seus amigos, os votos de parabéns, por mais um ano de vida, por seu bom exemplo, sua conduta, sua família, pela missão que vem cumprindo com tanta consciência e dignidade.
Muito obrigada por você existir em nossas vidas!
Parabéns por seu aniversário!!!!
Rejane Costa Barros
Fortaleza, 13 de julho de 2016
FOTOS
quarta-feira, 13 de julho de 2016
AJEB NACIONAL PUBLICA NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DE LÚCIA HELENA PEREIRA
Foi com profundo pesar que a Associação de
Jornalistas e Escritoras do Brasil-AJEB, recebeu a triste notícia do
falecimento da nossa tão apreciada colega ex-presidente da AJEB Nacional, Lucia
Helena Pereira. A Literatura perde uma grande poeta, escritora que dedicou uma
parte de sua vida em defesa dos interesses de um nobre grupo de mulheres
intelectuais. Lucia Helena, pouco antes da minha posse havia se disponibilizado
a colaborar com a AJEB na regularização das ATAS das Assembleias Gerais
Nacionais Ordinárias . E,mesmo doente após 30 dias na UTI, enviou um e mail
à ex-presidente Daisy Buazar dando
sugestões e encorajando-a a seguir em
frente. Naquele momento deu-nos a luz e apontou-nos o melhor caminho. Hoje a
AJEB está regularizada juridicamente frente ao Cartório de Curitiba.
Porém,estamos tristes pela sua partida, mas com a crença de que a luz Divina
lhe acolheu para o descanso na paz
eterna.
" Aquele que habita no esconderijo do
Altíssimo,à sombra do Onipotente descansará." (Salmo 91.1)
Com nosso apreço e gratidão.
Maria Odila Menezes de Souza
Presidente Nacional da AJEB
sexta-feira, 1 de julho de 2016
THEATRO JOSÉ DE ALENCAR COMEMORA CENTO E SEIS ANOS
OS
CENTO E SEIS ANOS DO THEATRO JOSÉ DE ALENCAR
Rejane Costa Barros
O mundo cultural cearense se
movimenta em comemoração dos cento e seis anos do THEATRO JOSÉ DE ALENCAR,
inaugurado a 17 de junho de 1910.
Durante todo este ano de 2016, como
acontece em cada ano, numerosos eventos deverão lembrar esse importante
acontecimento, que colocou Fortaleza entre as cidades brasileiras dotadas de
magníficas casas de espetáculos, a exemplo de Recife (Teatro Santa Isabel),
Belém (Teatro da Paz), São Luís (Teatro Artur de Azevedo), Natal (Teatro
Alberto Maranhão) Rio de Janeiro (Teatro Municipal) e Manaus (Teatro Amazonas).
A necessidade de dotar a nossa
capital de um grande Teatro era aventada desde meados do século 19, quando o
Presidente da Província João Silveira de Sousa enviou à Assembleia Provincial o
primeiro projeto de sua construção.
A intenção da administração pública
haveria de se manifestar em vários outros governos por toda a segunda metade
daquele século, sem, contudo realizar-se, por carências financeiras, flagelos
climáticos e condescendência a outras prioridades, de sorte haver-se por longo
tempo a construção do teatro oficial virar alvo da descrença popular ou ser
tratada pelo ceticismo geral como mero arrebatamento demagógico.
A cidade de Icó, desde 1860, e
Sobral, desde 1880, já contavam com seus respectivos teatros, o que poderia ser
interpretado como uma posição cultural mais avançada do que a da capital, que
assim se mostrava acanhada como sociedade civilizada e de ilustração da
inteligência.
Embora a arte cênica fosse
costumeiramente praticada em Fortaleza, pois aqui tinham sido fundadas várias
casas teatrais e montadas inúmeras peças cômicas e trágicas, burletas, operetas
e esquetes, carecia a Capital do Ceará de um edifício apropriado, um espaço
condizente onde pudessem ser representados o talento e a criatividade de nossos
artistas.
Antecederam o THEATRO JOSÉ DE
ALENCAR, na Fortaleza do século 19, o Teatro Concórdia (1830), o Teatro
Taliense (1842), o Teatro São José (1876), o Teatro das Variedades (1877), o
Teatro São Luis (1880) e o Teatro Iracema (1897), espaços humildes, alguns dos
quais exigindo que os espectadores levassem de casa as cadeiras para assistir
aos espetáculos.
Somente no começo do século 20, no
Governo do Comendador Nogueira Accioly, velho oligarca que vinha do Império e
aderira à República, tiveram início as obras de construção do teatro, na antiga
Praça Marquês de Herval, hoje Praça José de Alencar.
O Governo Estadual não dispondo de
recursos econômicos para uma obra daquele porte, contraiu o primeiro empréstimo
internacional do Ceará com o Banco Nacional da França, tendo como fiadores os
Irmãos Boris, titulares da Casa Boris, na época uma das mais importantes
empresas instaladas no Ceará.
Iniciado em 1908, o THEATRO JOSÉ DE
ALENCAR seria concluído dois anos depois, em 1910, tendo sido inaugurado com
uma sessão solene que contou com números musicais e discursos oficiais. A
primeira peça levada à cena seria “O Dote”, de Artur de Azevedo, e aconteceria
somente a 23 de setembro daquele ano.
O edifício, de estilo eclético, pois
nele se misturam o neoclassicismo e a influência setecentista luso-brasileira,
foi construído dentro dos melhores padrões arquitetônicos que o país podia
oferecer, como Teatro Monumento. Sua estrutura é de ferro fundido, importado da
Escócia, e sua decoração empregou, além do renomado artista nacional Rodolfo
Amoedo, o talento local de nossos pintores, dentre eles o fabuloso Ramos
Cotoco, que também era um bom poeta, compositor e excelente boêmio.
O teatro, nos moldes como o
conhecemos, tem origem nas festas em homenagem a Dionísio, o deus grego do
vinho, e, desde os antigos, tinha a função de representar a vida em todos os
seus momentos de alegria, paixão, esperança, dúvida, remorso ou dor.
Em todos os tempos a arte dramática
foi uma apreciada e comovente modalidade diversional e teve marcante influência
nas culturas dos povos.
De William Shakespeare, o brilhante
renascentista inglês, ao nosso dramaturgo e comediógrafo Carlos Câmara, os
autores teatrais figuram como representantes destacados da literatura de todos
os povos.
Mais do que o cinema e as novelas de
televisão, o teatro produz uma empatia imediata com o público, com ele
repartindo as emoções ali manifestados.
Emblema e símbolo dos sentimentos, o
teatro é uma manifestação artística sublime, que retrata a alma humana de
maneira grandiosa, na apoteose da felicidade ou nos desvãos da amargura,
comprovando que, indiferente ao avanço da tecnologia e dos fascínios da
modernidade, em essência, somos os mesmos seres, sujeitos às oscilações da
sorte e aos vendavais do destino.
Ir ao teatro é uma demonstração de
civilidade e as escolas públicas e privadas deveriam desenvolver programas de
estudo e prática teatrais, tornando a arte cênica um instrumento costumeiro de
educação.
Portanto, no momento em que
comemoramos os cento e seis anos de nosso belo e monumental THEATRO JOSÉ DE
ALENCAR, seria interessante que pudéssemos ter esse sonho acatado e futuramente
realizado. Como seria bom que fosse incluído no currículo das escolas
municipais e estaduais de nosso Estado, a Educação Teatral.
Vida longa ao nosso belo THEATRO
JOSÉ DE ALENCAR.
Assinar:
Postagens (Atom)