de nossa literatura,
está Machado de Assis,
o “bruxo do Cosme Velho”
como lhe denominou
Carlos Drummond de Andrade.
Esse célebre escritor,
Que, em pouco tempo, tornou-se
um exímio conhecedor
do mundo da ficção,
teve a existência voltada
para insensatas paixões.
E foi nessa trajetória
que conheceu Carolina,
uma jovem portuguesa
com quem pôde desfrutar
as benesses da vitória
de quem vive um pleno amor.
Mas, cedo, a mulher querida
foi para junto do Pai,
e a consternação tamanha
arrebatou-lhe o prazer;
assim, quatro anos mais tarde,
ele também feneceu.
A família portuguesa
de Carolina Novais,
num mesquinho preconceito,
não permitiu que Machado
dormisse seu sono eterno
junto da mulher amada.
Mas esse ato desditoso,
que separou os amantes,
chegou a ser reparado
quando foi feito o traslado
de Carolina e Machado
para a mesma sepultura.
Hoje, próximo da entrada
num espaço reservado
do mausoléu acadêmico,
Machado e sua Carolina,
eternos enamorados,
estão juntos para sempre.
E, na lápide de mármore,
onde seus corpos repousam,
junto ao poema “À Carolina”,
as duas mãos entrelaçadas
denotando o excelso amor
que venceu o preconceito.
Portanto, a literatura
do nosso fértil país,
uníssona, bate palmas
a este vulto da cultura,
consagrado romancista,
grande Machado de Assis!
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