MEMBROS DA ATUAL DIRETORIA
terça-feira, 19 de abril de 2016
SESSÃO DE POSSE DE GIZELA NUNES DA COSTA COMO PRESIDENTE DA AJEB - COORDENADORIA DO CEARÁ
O auditório da Academia Cearense de Letras abrigou, neste dia 19 de abril, os associados da AJEB-CE para a sessão de posse da Diretoria eleita, tendo à frente a Desembargadora, Escritora, Ajebiana, Gizela Nunes da Costa.
Foi uma sessão festiva, em comemoração, também, ao aniversário de nossa querida Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, ocorrido em 8 de abril deste ano, quando completou 46 anos de fundação.
Inicialmente, publicamos o discurso de posse da nova presidente, Gizela Nunes da Costa e, na sequência, as fotos alusivas ao evento.
A FALA DA PRESIDENTE
Senhoras e Senhores,
Os sonhos são a argamassa da vida e
podem construir até o impossível. São os sonhos que engrandecem as ideias e transformam
os caminhos singelos em sublimes destinos.
Fui na vida uma menina sonhadora,
dessas que costumam se entregar aos cismares e, ao mirar o horizonte, entendem
que ele nos convida a conquistá-lo.
Hoje, o momento que vivo, com o
coração cheio de emoções, formou-se lentamente e a cada passo de sua elaboração
me surpreendi com os resultados.
Estou convencida de que o destino me
foi generoso quando me deu na vida, missões que tenho conseguido honestamente
desempenhar e nelas convencer aos meus superiores e à sociedade de minha
lisura, abnegação e responsabilidade. Sou mulher de fé e acredito que a
proteção de Deus me ampara em todas as facetas da vida.
Como todos os seres, a existência
tem-me oferecido momentos de intensa alegria e provações difíceis e espinhosas.
Em todas as ocasiões, sejam nas apoteoses ou nas vicissitudes, me apoio na fé e
no otimismo como alimento de minha caminhada.
Hoje, nesta manhã alegre e festiva a
AJEB empossa sua nova Diretoria. Em primeiro lugar quero agradecer as Ajebianas
que votaram e aprovaram por unanimidade a Chapa Papa Francisco. Estarei à
frente da AJEB presidindo-a durante o biênio 2016-2018, mas ressaltando que
farei uma gestão participativa e compartilhada. Não serei eu, seremos nós.
Sempre ouvindo as sugestões, acatando as que forem pertinentes, refletindo e buscando o que for melhor para a AJEB que é
uma Instituição importante que nos orgulha e tem prestígio nacional em seu
campo de atuação e respeito literário do qual é possuidora.
Com uma Presidente de Honra do quilate
da escritora Giselda Medeiros, a Associação de Jornalistas e Escritoras do
Brasil, Coordenadoria do Ceará, pode alcançar
amplitude igual à Academia Cearense de Letras e ao Instituto Histórico,
Geográfico e Antropológico do Ceará. As duas Instituições, as mais respeitadas
do Estado.
Para essa gestão pensamos em algumas
ações e junto com a Diretoria e também com as Ajebianas e Sócios Colaboradores,
gostaríamos de realizá-las. Vamos atualizar a ficha de endereços e otimizar o
contato com todos, quando necessário; planejar atividades literárias; apoio aos
lançamentos das publicações dos associados; criação da Biblioteca da AJEB;
revitalização da carteira ajebiana; que todos possamos usar o selo da AJEB em
livros de nossa autoria e em obras que participemos escrevendo prefácios,
orelhas, apresentações; calendário anual das reuniões ordinárias; realização de
enquete sobre os temas prioritários para a AJEB no biênio 2016-2018.
Isso e mais só será possível com o
apoio da Diretoria, Ajebianas e Sócios Colaboradores, caminhando juntos.
Senhoras e Senhores,
A AJEB é uma Associação que tem quase
meio século, à disposição da vida literária cearense. Fomos convidadas por um
grupo de ajebianas, ex-presidentes, para formar uma chapa com a finalidade de
concorrer às eleições.
Ponderamos, avaliamos e resolvemos
aceitar o desafio, pois tínhamos a convicção do apoio dos demais membros e com
a certeza de que faremos um trabalho sério e eficaz em luta pelo
engrandecimento da nossa querida AJEB e sempre a união de pensamentos desta tão
respeitada Instituição Literária, que congrega jornalistas e escritores, cada
um, com suas capacidades. Temos campo fértil para desenvolver afinidades
culturais. Para tanto, basta dedicação, empenho e participação.
Devemos
também manter nossas obrigações com a Tesouraria em dia, para que possamos
realizar todas as ações que almejamos.
Valorizemos a nossa cultura e sua
preservação. Convençamo-nos de que nossa cultura é bela, rica e importante e
que não precisamos substituí-la pela cultura alheia, numa atitude de povo
colonizado, deslumbrado e ingênuo. Como em todos os ofícios da atividade
humana, o escritor tem um compromisso com a sociedade e com a história. Mas
cabe aos que escrevem uma função maior. É que o escritor faz a leitura da vida,
capta os retratos de época, interpreta a natureza humana, reflete em sua
criação o pensamento e as ideias. Fatores tão necessários para que expressemos
nossos desejos de que sempre alcancemos patamares concretos e objetivos úteis.
O Ceará tem uma trajetória de amor às
agremiações culturais. Muitas foram as que se formaram ao longo de nossa
história, algumas de forma marcante, como a original PADARIA ESPIRITUAL,
fundada em 1892 pelos jovens boêmios que frequentavam o Café Java na Praça do
Ferreira, sob a generosa complacência do Mané Coco, jocosa figura de
“botiquineiro”. Em 1894 era fundada a ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS, porventura a
mais antiga do Brasil, pois antecedeu em três anos a própria ACADEMIA
BRASILEIRA DE LETRAS. A esta Casa, que nos recebe com tanto afeto e nos permite
transitar por ela, como se em nossa casa estivéssemos, devemos nossos respeitos.
Outras Associações e Grupos Literários
já haviam recrutado os amigos das letras, como a Academia Francesa, em 1873, o
Grêmio Literário, em 1885, e o Instituto Histórico do Ceará (ainda hoje em
vigor produtivo) em 1887. Nesses redutos de embate de ideias e manifestação
estética surgiram nomes que haveriam de engrandecer as letras cearenses e
romper fronteiras da Província para brilhar à ampla e larga admiração nacional.
Nomes como o de Antônio Sales, Adolfo Caminha, Rodolfo Teófilo, Juvenal Galeno,
Farias Brito e Clóvis Beviláqua. Somos uma terra de produtores de literatura.
De poetas e prosadores de qualidade superior, muitos assinalados em definitivo
nas páginas permanentes da imortalidade, como colunas sólidas da história
literária do país. Desses anais perpétuos jamais sairão José de Alencar,
Capistrano de Abreu, Domingos Olímpio, José Albano, Gustavo Barroso e Rachel de
Queiroz.
Parece que temos no Ceará uma
inquietação para dizer, pelos misteriosos caminhos do encanto, os sentimentos e
as emoções que nos possuem, o acicate da dor e o fogo da paixão, o plasma do
delírio e o patinar obscuro do lodo, o mel e o fel de nosso jeito severino de
encarar a vida.
Agradecemos
a confiança que todos depositaram na Chapa Papa Francisco e esperamos não decepcioná-los.
Louvemos também, as ex-presidentes, Giselda de Medeiros Albuquerque, Zenaide
Braga Marçal, Maria Luísa Bomfim e Mª Nirvanda Medeiros, que tanto fizeram para
bem divulgar o nome de nossa AJEB. Felizes por estarmos aqui entre vocês e mais
uma vez dizer: vamos veicular nossas crenças e aprender outras novas lições.
Muito obrigada!
Gizela
Nunes da Costa
Fortaleza,
19 de abril de 2016.
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