ATUAL DIRETORIA AJEB-CE - 2018/2020

PRESIDENTE DE HONRA: Giselda de Medeiros Albuquerque

PRESIDENTE: Elinalva Alves de Oliveira

1ª VICE-PRESIDENTE: Gizela Nunes da Costa

2ª VICE-PRESIDENTE: Maria Argentina Austregésilo de Andrade

1ª SECRETÁRIA: Rejane Costa Barros

2ª SECRETÁRIA: Nirvanda Medeiros

1ª DIRETORA DE FINANÇAS: Gilda Maria Oliveira Freitas

2ª DIRETORA DE FINANÇAS: Rita Guedes

DIRETORA DE EVENTOS: Maria Stella Frota Salles

DIRETORA DE PUBLICAÇÃO: Giselda de Medeiros Albuquerque

CERIMONIALISTA: Francinete de Azevedo Ferreira

CONSELHO

Evan Gomes Bessa

Maria Helena do Amaral Macedo

Zenaide Marçal

DIRETORIA AJEB-CE - 2018-2020

DIRETORIA AJEB-CE - 2018-2020
DIRETORIA ELEITA POR UNANIMIDADE

terça-feira, 19 de setembro de 2017

SESSÃO NOBRE DA AJEB-CE



Hoje, 19 de setembro de 2017, a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - AJEB-CE - reuniu seu corpo social para realizar sua sessão mensal, com a  finalidade de diplomar os ilustres nomes: Suzana Dias Ribeiro, Cybele Valente Pontes, Gutemberg Liberato de Andrade (estes como Sócios Beneméritos) e Gilda Maria de Oliveira Freitas, como Sócia Efetiva.

A cerimonialista Francinete Azevedo convidou o Jornalista Vicente Alencar que usou a palavra para receber e saudar Suzana Dias Ribeiro. 

Em seguida, Giselda Medeiros fez a saudação à Cybele Pontes:


SAUDAÇÃO À CYBELE VALENTE PONTES

Tomada de emoção, recebo da Presidente Gizela Nunes da Costa a incumbência de tecer algumas palavras que traduzam a amizade, o carinho, a gratidão e o reconhecimento que todas nós, da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, AJEB-CE, nutrimos por Cybele Pontes.
Confesso que cumprir este desiderato é-me excessivamente honroso, por outro lado, é tarefa que exige grande responsabilidade, já que as palavras, segundo o pensamento machadiano, “amam-se umas as outras e casam-se”.  E digo que o difícil, neste instante, é atrair as palavras de modo que haja esse perfeito casamento. Ademais, alerta ainda a Sabedoria Popular que “as palavras, como as abelhas, têm mel e ferrão”. Desse modo, tomando todos esses cuidados, ouso, à Drummond, penetrar “surdamente no reino das palavras”, lá onde “há calma e frescura na superfície intacta”. Elas estão lá e, reconhecendo-me, entre algazarras e silêncios, tomam-me pela mão e, em álacre burburinho, levam-me a contemplar o espelho das águas mágicas. E ali, entre deuses, posso vislumbrar, ao centro, o garbo, a realeza da deusa Cybele, filha do Céu e da Terra, por conseguinte, a própria Terra, a Grande Mãe dos Deuses. Rodeiam-na ninfas todas  aplaudindo-lhe as benesses, encantadas com o olhar materno que traz a cada uma de nós a segurança e a certeza de que o culto divino do amor às letras, com seus rituais luminosos são os mistérios da própria deusa, mistérios que nos passam como conhecimentos ritualísticos, para a preservação do templo da Literatura, guardando pelos tempos a participação mística desses cultos memoráveis.
Estimada Cybele, queridos colegas da AJEB-CE. Intertextualizando, assim, um pouco da história dessas duas Cybeles, quis que transpuséssemos as barreiras do real para que pudéssemos conferir a energia que anima nossa querida Cybele Pontes, que se mantém como mulher sustentáculo da Sociedade Amigas do Livro, essa Entidade que difunde amor aos livros, direcionada à instalação de bibliotecas onde elas se fazem necessárias.  
Diante deste breve prólogo, conclui-se que se faz justa esta nossa homenagem à Cybele Pontes, ao ser-lhe conferido o título de Sócia Benemérita da AJEB-CE, no ano de seu quadragésimo sétimo aniversário de fundação.
Perguntamo-nos: por que muitas entidades culturais desfazem-se antes de completarem cinco, dez, quinze, quando muito, vinte anos? E a resposta vem-nos clara e contundente: a AJEB, como a SAL, exercita-se, de geração em geração, sempre apoiada neste tripé: trabalho, solidariedade e tolerância, convicta de que a força e a unidade “não vêm do fato de todos realizarem as mesmas ações, mas, de todos caminharem na mesma direção”, sempre seguindo nosso lema “A perenidade do pensamento pela palavra”.
Parabéns, Cybele, pela honraria merecida! Parabéns, AJEB-CE, na pessoa de sua presidente Gizela Nunes da Costa, pelo reconhecimento dos méritos de nossa ilustre homenageada!
                      Muito obrigada
Giselda Medeiros
19/9/2017

 E, por último, Rejane Costa Barros, que saudou Gutemberg Liberato de Andrade.

Saudação a Gutemberg Liberato de Andrade na qualidade de Sócio Benemérito da AJEB-CE

            Setembro chegou trazendo bons ventos e o aroma benfazejo da Primavera e do cultivo às boas coisas da vida, uma delas, a amizade fiel, leal e verdadeira. A AJEB – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria do Ceará tem mostrado ao longo de sua história que é preciso agirmos de maneira a enaltecer sempre o nome de nossa Associação e fazer que a cada encontro possamos levar algo de engrandecedor para nossas vidas. 
            Nesta reunião do mês de setembro, compartilhamos algumas destas mudanças trazidas por nossa atual presidente, Gizela Nunes da Costa, nos quadros dos Associados. Alguns mudaram de categoria e a mim coube proferir a saudação a um deles. 
Um dia, os mistérios do acaso colocaram-me frente a frente com o casal Argentina e Gutemberg e tivemos a permissão do Altíssimo para que nossos caminhos fossem cruzados e tomados pela devoção da fraternidade, que seguíssemos no mesmo passo, ouvindo as mesmas canções de acalanto e celebrando as mesmas vitórias, embora esse mesmo destino tenha trazido algumas tragédias nesses nossos caminhos, aprendemos a desviar das pedras e sentirmos o aroma das flores que a cada dia embelezam e enfeitam o nosso trajeto, com a pureza do sorriso de uma criança que descobre os mistérios dessa vida, tão fascinante. Com muito afeto e prazer saúdo o Sócio Benemérito Gutemberg Liberato de Andrade, meu amigo e pai de coração, dizendo a cada um de vocês, que ele é um homem positivo e cristalino, amigo e companheiro querido de todos, que, ao abrir os braços fraternais, consegue congregar e apaziguar qualquer peleja. Dá-nos a palavra certa no momento propício e consegue nos fazer entender que quando há alguma coisa errada, podemos melhorar com atitudes positivas e enriquecedoras para a nossa vida e a de quem nos acerca. Alegre, boa praça e bonachão poderia apenas por essas qualidades provocar abrasadas admirações e despertar simpatias comovedoras. Quem com ele convive, sabe que ele é tudo isso e muito mais.
Citando a frase célebre de Antoine de Saint-Exupéry que diz: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, digo a você Gutemberg que me cativaste há muito tempo e esse nosso benquerer torna-se mais especial a cada dia.
Tê-lo em nosso quadro de Associados e hoje passando à categoria de Sócio Benemérito, só enriquece a nossa AJEB-CE, pelo que tem feito em prol de nossa cultura e da divulgação do nome da Associação.
 Que você permaneça em nossas vidas por muitos anos e continue a trazer os teus conhecimentos para esta troca literária, amigo Gutemberg. Precisamos beber nessa fonte onde você tanto se inspira.
Gerardo Mello Mourão dizia que o poeta tem que ser assim: poeta. E pela vida afora Gutemberg tem aprendido a usar a sua poesia decantando-a em forma de trovas e mais recentemente, de seus cordéis. Ofereceu ano passado um deles à AJEB – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria do Ceará, onde relata a história da Associação desde sua fundação aos dias atuais, um lindo e valioso presente.
Tenho além de muito afeto por ti, uma admiração imensurável e concluo com as palavras de Malba Tahan que diz muito bem a respeito da palavra sinceridade:
“Sincera é a palavra doce e confiável. Sincera é uma palavra que acolhe. E essa é uma palavra que deveria estar no vocabulário de toda alma. Sincera foi uma palavra inventada pelos romanos. Sincero vem do velho, do velhíssimo latim... Eis a poética viagem que fez sincero de Roma até aqui: Os romanos fabricavam certos vasos de uma cera especial. Essa cera era, às vezes, tão pura e perfeita que os vasos se tornavam transparentes. Em alguns casos, chegava-se a se distinguir um objeto – um colar, uma pulseira ou um dado – que estivesse colocado no interior do vaso. Para o vaso, assim fino e límpido, dizia o romano vaidoso: — Como é lindo... Parece até que não tem cera! “Sine-cera” queria dizer: “sem cera”, uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes. Da antiga cerâmica romana, o vocábulo passou a ter um significado muito mais elevado. Sincero é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou dissimulações. O sincero, à semelhança do vaso, deixa ver, através de suas palavras, os nobres sentimentos de seu coração”. Todas essas palavras descrevem muito bem que o nosso Sócio Benemérito Gutemberg Liberato de Andrade é um homem sincero, fiel e leal. Sua voz, mansa e pausada, traz sempre uma surpresa ao falar. Somos um povo que se orgulha de sua vida, de sua história, de sua amizade. Um afetuoso abraço dessa sua filha de coração nessa manhã radiante e festiva!
                                                                                   Rejane Costa Barros
                                                                       Fortaleza, 19 de setembro de 2017.
                                                                       AJEB Coordenadoria do Ceará.

Agradecidos e emocionados, os distinguidos sócios disseram sucintamente da alegria pela distinção a eles outorgada.

A Presidente Gizela Nunes da Costa fez a entrega do Diploma de Sócia Efetiva à nova ajebiana, Gilda Maria de Oliveira Freitas .

Após o encerramento da sessão, aconteceu a confraternização no salão nobre da Academia Cearense de Letras.

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA




















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domingo, 10 de setembro de 2017

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

UM ARTIGO QUE VOCÊ PRECISA LER!



“SONET’ÂNCIA”
                              Vianney Mesquita

           No começo dos ’80, ministrava na U.F.C. a disciplina Prática de Redação para estudantes do Curso de Comunicação Social, matéria obrigatória com seis módulos de quatro créditos, do primeiro semestre ao sexto.

          Dos diversos escorregos linguísticos perpetrados contra nosso código, um dos que mais apareciam era a prática – inocente – da redundância, com significação assente na ideia de superfluidade, na superabundância vocabular desnecessária, com pleonasmos e abusos na ornamentação do discurso oral e escrito. Este só perdia para as escorregadelas ortográficas e impropriedades de concordância e regência de substantivos, adjetivos e verbos.

          Além de haver a oportunidade de juntos corrigir esses excessos, afiguravam-se realmente engraçados os fatos sobejados dos escritos de alguns estudantes, os quais, pela míngua de maiores exigências e cuidados durante o primeiro e segundo graus – como se chamavam, então - esses descuidos (“lapso de engano de erro equivocado”, dizíamos, brincando) continuavam a baldear o repertório grafado de quem iria comunicar teores pelo caminho dos media massivos, evento realmente desabonador, se viesse a suceder.

          De tal modo, era obrigatório que se cuidasse de removê-los o mais depressa possível, para que o futuro comunicador não ludibriasse o imenso universo de receptores, na contextura dos quais há milhões e milhões que acreditam cegamente em tudo o que é veiculado pelos meios de propagação maciça, de sorte que poderiam alargar consideravelmente, em progressão geométrica, o espectro de recepção equívoca dessas mensagens.

          Numa das turmas, havia alguns ensaístas versificadores de boa qualidade, hoje poetas reconhecidos, e outros, como eu, curiosos e interessados, por diletantismo, no âmbito da cultura manifesta por via do metro. Divisei, então, a oportunidade de proceder a um exercício por meio dos sonetos, que, após alguns anos no limbo, em especial depois da Semana da Arte Moderna (fevereiro de 1922), eram praticados, sem muita obediência aos cânones dessa grade métrica, por muitas pessoas ligadas às letras e outras meramente amadoras e diletantes.

          Compus, então, o undecassílabo - catorze versos com onze acentos, dois quartetos e dois tercetos - intitulado Sonet’ância, eo ipso, soneto + redundância, para exame em sala de aula, com vistas a afastar das redações dos mass media esse viés do cadáver do defunto morto que morreu de morte morrida, do pássaro de asas, dos há dez anos atrás etc.

          Espero, contudo – e isto é por demais relevante – que a audiência dos meios onde essas linhas chegam, configurada na outra ponta da mensagem, não me assaque a tacha de redundante e “analfa”, porquanto os motivos para este exercício foram há pouco meridianamente explicados, de modo que a configuração da peça, lotada de vocábulos e expressões palavrosas e pleonásticas, foi feita para emprego somente em laboratório, vedado, por conseguinte, o seu curso pelo desmedido agrupamento de pessoas – a recepção mássica do recado comunicativo.

           Vamos ao soneto.

SONET’ÂNCIA

Ensaio cavalgar meu jegue asinino,
Na fazendola rural, a fazendinha,
Terra particular, propriedade minha,
Onde, aliás, monto meu Pégaso equino.

Subo, para cima, em hirta e reta linha,
À procura, em caça a um porco suíno.
Pois houvera, antes, atacado a rinha
De galos, que brigavam luta de inopino.

Vi, então, com um sorriso nos lábios,
O meu porco bácoro preso e cativo.
E logo, breve, anotei nos alfarrábios

Carpatácios: “o porqueiro cerdo é vivo:
Então, pois, farei como os sapientes sábios:

Deixá-lo-ei renascente e redivivo”.