ATUAL DIRETORIA AJEB-CE - 2018/2020

PRESIDENTE DE HONRA: Giselda de Medeiros Albuquerque

PRESIDENTE: Elinalva Alves de Oliveira

1ª VICE-PRESIDENTE: Gizela Nunes da Costa

2ª VICE-PRESIDENTE: Maria Argentina Austregésilo de Andrade

1ª SECRETÁRIA: Rejane Costa Barros

2ª SECRETÁRIA: Nirvanda Medeiros

1ª DIRETORA DE FINANÇAS: Gilda Maria Oliveira Freitas

2ª DIRETORA DE FINANÇAS: Rita Guedes

DIRETORA DE EVENTOS: Maria Stella Frota Salles

DIRETORA DE PUBLICAÇÃO: Giselda de Medeiros Albuquerque

CERIMONIALISTA: Francinete de Azevedo Ferreira

CONSELHO

Evan Gomes Bessa

Maria Helena do Amaral Macedo

Zenaide Marçal

DIRETORIA AJEB-CE - 2018-2020

DIRETORIA AJEB-CE - 2018-2020
DIRETORIA ELEITA POR UNANIMIDADE

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

REUNIÃO DA AJEB - 15 DE OUTUBRO DE 2013



Professor – Um profissional com perspectiva?

 
Digníssimos membros da mesa diretora dos trabalhos desta manhã, os quais saúdo na figura da Presidente desta casa, Nirvanda Medeiros.

 Inicio minhas palavras agradecendo a presidenta Nirvanda pelo convite para estar aqui com vocês e, especialmente agradeço, pela confiança de me incumbir tarefa tão importante como esta. Para prosseguir minha fala, reporto-me ao educador e poeta Filgueiras Lima, com a frase que nos enche a alma: “Ensino como quem reza: com a alma genuflexa”.

  Prossigo, portanto, à minha fala, afirmando que foi com prazer e receio que aceitei o convite da nossa presidenta para dialogar com minhas colegas da AJEB sobre o dia do professor, pois, temos nossa AJEB muitas educadoras, Nirvanda Medeiros, Giselda Medeiros, Evan Bessa, Maria do Carmo, Neide Freire, Maria Helena, e Francinette Azevedo, me desculpem se existem outras e deixei de citá-las.

   Estou aqui apenas para dedicar uma mensagem, e não para falar sobre o dia do professor inserido no atual sistema educacional brasileiro, nem tão pouco para defendê-lo, apesar de ter dedicado grande parte da minha vida a essa tão nobre e ao mesmo tempo árdua profissão. Citarei apenas algumas informações ao aludido dia de um profissional tão especial como afirma Cora Coralina:

 
“Professor, “sois o sal da terra e a luz do mundo”.

Sem vós tudo seria baço e a terra escura.

Professor, faze de tua cadeira,

a cátedra de um mestre.

 
   No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), D. Pedro I publicou um decreto Imperial que determinava a criação de escolas no Brasil. Era o início da Educação oficial do País, e essa data foi escolhida para homenagear os profissionais do magistério. O Dia do Professor mostra a importância de valorizar a carreira docente e o trabalho dos bons professores. Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor. Foi em São Paulo, Ginásio Caetano de Campos.

 É evidente que todas as categorias merecem respeito, pela contribuição dada, cada qual a seu modo, ao desenvolvimento da sociedade. Porém, o dia do professor é uma das datas mais significativas do calendário de homenagens dirigidas às categorias profissionais.

   Nesse contexto, entretanto, o professor desempenha papel de particular relevância, por transmitir o conhecimento que servirá de base à formação dos demais profissionais. E ainda por estimular, em sua tarefa cotidiana, o crescimento pessoal e o exercício da cidadania entre seus alunos, sejam eles crianças, jovens ou adultos.

  Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas,  permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. E ainda  mal remunerados, com baixo prestígio social são responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

    A profissão de educador continua sendo muito necessária, sendo mais atraente na rede privada e escolas de nível superior. E menos concorrida na rede pública; no entanto, não para de crescer em nosso país, nem mesmo com os avanços tecnológicos.

  Informações sobre esse assunto vêm do estudo: Professores do Brasil: Impasses e Desafios. Lançado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura-Unesco, o doutor em educação e consultor Celio da Cunha, ao comentar este assunto, “lembrou que os professores representam o terceiro maior grupo ocupacional do país (8,4%), ficando atrás apenas dos escriturários (15,2%) e dos trabalhadores do setor de serviços (14,9%). A profissão supera, inclusive, o setor de construção civil (4%).” RAIS 2006.

O poder público é responsável por 83% dos empregos do magistério. Destes, 77,6% estão na educação básica.

  As mulheres ocupam 77% dos postos de trabalho, o que tem também óbvias implicações de gênero, nem sempre devidamente aprofundadas nos estudos da área de educação. Sua presença varia segundo os níveis de escolaridade e a proporção delas aumenta gradativamente nos níveis mais baixos de escolarização.

Na educação infantil (EI) 98%; ensino fundamental (EF) 88,3% ensino médio (EM) 67% PNAD, 2006.

   A Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação - CNTE estima uma base de 2,8 milhões de trabalhadores em exercício nas redes públicas de ensino básico, dos quais 1,8 milhão está lotado no magistério.

   Para o professor avançar na sua carreira é de suma importância a educação continuada. “A educação continuada vê as pessoas como capazes de aproveitar oportunidades de aprendizado em todas as idades e em numerosos contextos: no trabalho, em casa e através de atividades de lazer, não apenas através de canais formais tais como escolas e universidades.”

   Tudo o que se espera de um professor é que ele seja um educador suficientemente preparado para, por um lado, ensinar e proporcionar aos seus alunos as aprendizagens fundamentais previstas em cada etapa da vida escolar e, por outro, ser um exemplo em relação aos valores universais da modernidade.

  Acredito, pois, se houver educação continuada com pessoas abertas a novas ideias, decisões, habilidades, espírito coletivo e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem seguramente com o cumprimento da Lei 11.769, sancionada em 2008, que torna obrigatório o ensino de música na educação básica em todas as escolas do país, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual. Assim também como o ensino da música em minha opinião seria oportuno, a inclusão da poesia nas escolas, e já existem algumas que trabalham este tema, apesar de ser um número insignificante. Existem também escolas que possuem até academias literárias.

 Uma sociedade com professores bem formados, com projetos atraentes e uma remuneração digna será possível atingir a qualidade que o Brasil precisa para a educação básica. "Caso isso não se concretize poderá colocar em risco o futuro do país, por conta da importância que a educação tem em um mundo altamente competitivo e em uma sociedade globalizada."

  Hoje a carreira do magistério se torna mais atraente, com mais perspectivas e avança com capacitações contínuas, novas tecnologias, as medidas educativas e suportes adequados para incorporar valores como solidariedade, afetividade, entre outros, no entanto, estão ainda insuficientes.

        A data é um convite para que todos nós, pais, alunos, escritores, poetas, enfim, a sociedade; repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação.

   Concluo e dedico estas minhas palavras aos heroicos professores anônimos da rede pública educacional de Fortaleza, as minhas colegas ajebianas, especialmente as educadoras, e ainda, ao grande educador e poeta lavrense, Filgueiras Lima (inmemorian), a minha mensagem de esperança, pois, admito que, educação e poesia sempre formaram um par ordenado.

Encerro com os trechos destes dois poemas:

   Educação dos meus sonhos (autoral)

Quero ver o mundo

Como nos meus sonhos,

Sonhos exagerados, colossais,

Nutridos de esperanças

Professores repletos de alegria

Realizando seus ideais.

Que o sonho do educador,

Concretize-se com brevidade,

Sejam além disso valorizados

E respeitados pelo seu labor.

 
Escola

Filgueiras Lima

D. Mariana, minha primeira professora,

tinha uns olhos de santa de legenda

e os braços que a Vênus de Millus perdeu...

Ela repreendia todos os alunos,

porém, nunca me repreendeu!

Também no dia da visita do Inspetor

ninguém dizia versos como eu.

D. Mariana saltava de contente,

e a meninada

ficava comigo “por aqui”

com cara de judeu.

Um dia,

(e este dia nunca me esqueceu)...

 
Muito obrigada.

Rosa Firmo Beserra Gomes

 
Referências:

GATTI, Bernadete. A construção metodológica da pesquisa em educação: desafios” publicado na Revista da ANPAE, v.28, n.1, 2012 . Acesso em 05 de outubro de 23013.

GATTI, Bernadete Angelina e Elba Siqueira de Sá Barreto (Coords).   cenpec.org.br/biblioteca/educacão/estudos- e-pesquisas/professores-do-brasil-impasses-e-desafios> Acesso em 04 de outubro de 2013.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_professor> Acesso em: 04 de outubro de 2013.

LEITÃO, Juarez, Ensino como quem reza – Vida e tempo de Filgueiras Lima, Tecnograf, 2006.

Palestra proferida em reunião da AJEB-CE

sábado, 26 de outubro de 2013

REUNIÃO DA AJEB DE 17 DE SETEMBRO DE 2013

 Na última sessão da AJEB-CE, realizada em 17de setembro de 2013, o Poeta e Trovador J. Udine proferiu palestra sobre a trova, levando aos presentes toda a importância e sedução desse tipo de poesia que vem desde a Idade Média encantando e congregando adeptos por todo o mundo. Parabéns ao palestrante e parabéns à AJEB-CE, na pessoa de sua Presidente Nirvanda Medeiros.



BREVE HISTÓRICO SOBRE A TROVA: DEFINIÇÕES. ORIGEM. CONSIDERAÇÕES GERAIS.

                        Inicialmente, quero agradecer o honroso convite formulado pela nossa ilustre Presidente da AJEB, Nirvanda Medeiros, para dar esta palestra sobre a TROVA, composição poética clássica de forma fixa. Mesmo não me achando capacitado para tal proeza, aceitei  o encargo, e aqui estou para, dentro de minhas limitações intelectuais, dizer algo sobre esse importante  poema conhecido popularmente  como Trova.

 1.  DEFINIÇÕES SOBRE A TROVA.                        

                          Vamos começar definindo, conceituando o que seja a Trova. “A Trova é poema de quatro versos setessilábicos (ou heptassílabos) com rima e sentido completo”. A trova, hodiernamente, é reverenciada como uma Obra de Arte, como Literatura, portanto.
                          Como composição poética, modernamente, (do gênero poesia), ela deve obedecer às seguintes características:

a)  Ser uma quadra. Possuir quatro versos (ou quatro linhas, tanto faz);

 b) Cada verso  deve ter sete sílabas poéticas, (setessilábicos), e as sílabas são contadas pelo som.

 c) Deve ter sentido completo e independente. O trovador, ao compô-la,  deve pôr, nela,  sua integral ideia, com lucidez, propriedade e grande poder de síntese.

 d)  Ter rima. Os versos da trova podem obedecer aos seguintes esquemas rimáticos: a) ABAB (quando a rima se dá entre o 1º  e o 3º verso; e, o 2º, com o 4º verso. Obs:  Este esquema é o mais cultuado e  elaborado. É, inclusive, o único adotado pela UBT. Há, ainda, trovas nos esquemas  ABCB, ABBA e AABB.

                           É bom observar que uma estrofe, que venha a conter quatro  versos  chama-se quadra (ou quarteto) .  A trova, portanto, é uma quadra. Assim, toda trova é uma quadra, mas nem toda quadra é uma trova. Isso se justifica porque uma quadra para ser trova deve atender  a todos os requisitos formais que assim a caracterizam.  Existem quadras que não se fundamentam como trovas, pois elaboradas sem métrica, com versos brancos e sem rima e sem sentido completo, não passando, portanto,  de simples quadras. Diz-se, também, que “todo trovador é poeta, mas nem todo poeta é trovador, pois nem todo poeta sabe metrificar, fazer o verso medido”.

  2 -   CATEGORIAS DE TROVA.

                                       As trovas podem ser: LÍRICAS (falam de amor, de saudade); FILOSÓFICAS (encerram um ensinamento), e HUMORÍSTICAS  DESCRITIVAS (descrevem algo). Exemplos:

 LÍRICA (de José Valdez de C. Moura)

Pelos mares da saudade
O meu ser, vagando ao léu,
Só deseja a liberdade,
Das andorinhas do céu.

 FILOSÓFICA (de Altair Fernandes Carvalho)

Cultivar ressentimento!
Atividade infeliz...
É querer que o sofrimento
dure mais que cicatriz!

 HUMORÍSTICA ( João Paulo Ouverney)

 Na vida, irônico jogo
que um bravo bombeiro arrasa
é   não não apagar o “fogo”
da mulher que tem em casa.

DESCRITIVA (José Ouverney)

Tendo o céu como moldura
e a noite como cortina,
a Mantiqueira é pintura
que Deus, com orgulho, assina!

3 . ORIGEM DA TROVA.

                                    O termo trova, acredita-se que provém do francês – trouver – ou do espanhol – troubare – pois, ambas as palavras têm o mesmo  significado: achar.  Daí dizer-se, em euforia, que toda boa trova é, sim, um achado e tanto!

                                     A trova está ligada à poesia da Idade Média.  Era, nesse período,  sinônimo de poema e letra de música.   “A cultura trovadoresca refletia  bem o  quadro panorâmico  histórico da época: as Cruzadas, a luta contra os mouros, o feudalismo, o poder espiritual do clero”.   Na arquitetura, predominava o estilo gótico. No tocante à Literatura, essa arte se desenvolveu  no sul da França e em Portugal, com o movimento poético chamado Trovadorismo.   Os poemas produzidos  eram cantados por poetas, os jograis e menestréis, poemas esses que foram, desde logo, sistematicamente publicados. 

                                 A bem da verdade, há de ressaltar que a trova dos nossos dias  possui a  sua conceituação própria, e, dessa forma, diferencia-se  da quadra e da poesia de cordel, da trova gauchesca, do Repente, bem como do poema musicado da Idade Média. 

                              A Trova medieval, se comparada diretamente à trova que hoje  largamente se  pratica, é  por demais, como afirmam os historiadores,  imprecisa, mas essas composições antigas são reconhecidas, hoje,  como formas das primeiras manifestações trovadorescas. Podemos dizer que as trovas medievais eram composições rudes, e que  nos alegra saber, também,  que  a nossa língua portuguesa nasceu cantarolando trovas, através dos valiosos jograis e menestréis, que iam de cidade em cidade, divulgando-as. A trova é,  portanto, um poema milenar. Nas Cortes portuguesas eram bastante apreciadas por sua popularidade e brilho. Era a poesia dos reis, a exemplo do notável Dom Dinis, conhecido como o Rei Trovador.

 4.  SUA DIFUSÃO NO BRASIL.

                                As trovas aportaram aqui, no Brasil, através das caravelas de Cabral. Neste nosso solo pátrio, encontraram um terreno propício e altamente fértil para germinar, crescer e se agigantar, no seio do povo, em esplendente beleza e popularidade.

                                No nosso País, o primeiro movimento literário em torno da trova se consolidou no Nordeste Brasileiro, precisamente em Recife-PE. O poeta destaque  desse movimento foi Jader de Andrade, e também os poetas do livro “Descantes”, publicado em 1907. A palavra “Descantes” significa cantiga popular. O livro “Descantes” reunia trabalhos de jovens estudantes da Faculdade de Direito de Recife, e eram todos líricos boêmios de serenatas.           
                              Para o nosso gáudio e orgulho, a TROVA é, hoje, o único gênero exclusivo da língua portuguesa. Este notável e popular poema, a partir de 1950, ganhou realce  através de um movimento cultural chamado TROVISMO, palavra essa criada pelo poeta e político J.G. de Araújo Jorge (já falecido) . Coube ao escritor Eno Teodoro Wanke  publicar, em 1978 , o livro “O Trovismo”, que conta a história desse movimento a partir de 1950 em diante. No ano de 1980, surge um novo movimento em torno da renovação da trova, chamado de NEOTROVISMO, criado por Clério José Borges do Clube dos Trovadores Capixabas-CTC.   Esse movimento chegou a realizar 20 seminários nacionais da trova no Estado do  Espírito Santo,  e o seu presidente, Clério,  realizou   palestras  praticamente em todas as cidades   brasileiras, sempre no intuito de promover e difundir a trova, que já gozava de grande popularidade.

  5.  CRIAÇÃO DA UBT – UNIÃO BRASILEIRA DOS TROVADORES.

                                     Em 1959, o dentista carioca Gilson de Castro, que adotou o pseudônimo de Luiz Otávio, juntamente com J.G. de Araújo Jorge, e com o favorecimento do jornal carioca “O GLOBO”, promoveram os primeiros jogos florais de Nova Friburgo, que se constituírm num marco inicial para o fortalecimento literário deste movimento, que ganhou amplitude e esmerada organização como nunca se vira na história da literatura deste país.

                                 Os jogos florais gozavam de muita popularidade na Idade Média. Era um torneio cultural que se realizava anualmente. Esses jogos se baseavam em tradições  oriundas da Roma Antiga, e, na França, em Tolouse, era onde aconteciam tais jogos.

                                 O nome “Jogos Florais” fora dado a esse torneio, por ser realizado em plena  primavera, envolvendo diversas modalidades literárias, e, sobretudo,  por oferecer, aos vencedores do certame, prêmios (troféus) em forma de flores.

                                   Após os Jogos Florais realizados em 1959, inúmeras outras cidades passaram, também, a promover essa brilhante e popular competição, que visa, acima de tudo, congregar  e confraternizar  os trovadores, nesse evento alegre e  festivo de ares trovadorescos.

                                   Quanto a Luiz Otávio, podemos dizer que ele foi o grande entusiasta da trova, em nosso meio,  um Mecenas até. Em 1960, após participar de um Congresso do GBT – Grêmio Brasileiro de Trovadores, Luiz Otávio cuidou de implantar uma série de seções dessa entidade no Sul do Brasil.

                                    O seu trabalho incansável, em prol da trova, foi reconhecido pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo que, através de decreto-lei, oficializou e institucionalizou  o dia 18 de julho, dia do nascimento do referido poeta, como o DIA DO TROVADOR.  Luiz Otávio nascera no Rio de Janeiro, no dia 18 de julho de 1916, e falecera em 31 de janeiro de 1977, na cidade Santos. Ele foi o fundador e primeiro presidente da UBT – União Brasileira de Trovadores, hoje espalhada por todo o território nacional, com aproximadamente duzentas representações – seções e delegacias – além de dezesseis representações no exterior.

                                   Em 1960, em congresso de trovadores realizado em São Paulo, foi eleita a família real da trova, sendo que, Luiz Otávio, recebeu o honroso  título de o “Príncipe dos Trovadores”. Luiz Otávio publicou diversos livros de trova  e poesia e compôs os hinos, como o “Hino dos Trovadores” e o Hino dos Jogos Florais”, utilizados até o presente.

                                   A UBT fora criada no dia 21 agosto de 1967.

 6. FUNDAÇÃO DA UBT – NO CEARÁ.                                   

                                 UBT – Secção de Fortaleza-CE foi  fundada em 11 de novembro de 1969, e, dentro de pouco menos de dois meses, completará 45 anos de laboriosa e triunfante existência. O primeiro presidente foi Santiago Vasques Filho e mais vinte e dois poetas, que, em reunião histórica,  na Casa Juvenal Galeno, criaram, oficialmente, a UNIÃO BRASLEIRA DE TROVADORES – Secção de Fortaleza-CE.

                                   Um nome que merece destaque é o de Fernando Câncio Araújo, o qual se fez um grande  e  atuante presidente da entidade por longos vinte anos, dedicando-se com paixão e denodo à trova, usando toda a sua sabedoria e carisma para cada vez mais elevá-la e promovê-la, em nosso meio.

                                   Outro não menos destacável Presidente é o Cel. Gutemberg Liberato de Andrade, que ocupou a entidade por quatro mandatos, com extraordinária capacidade de trabalho, dado o seu dinamismo, eficiência e criatividade no comando da UBT.  Gutemberg  é, hoje,  Presidente de honra da UBT/CE. Fundou delegacias e secções e é o atual  presidente do Conselho Estadual da UBT,  tendo direito a voto na UBT Nacional. Durante as suas gestões, chegou a escrever o livro DOCUMENTOS, que se constitui numa fonte fidedigna de pesquisa e, como o título indica, de cunho documental. Foi, também, o criador do Estandarte da UBT. Graças à sua brilhante e profícua atuação, a UBT, hoje, goza, grande conceito, e figura, no Nordeste, como a única que está devidamente  regular, por cumprir todas as exigências determinadas  pela UBT Nacional. Deixo, a este nosso amigo, Gutemberg, aqui presente,  em nome dos trovadores, o nosso  grande reconhecimento e  gratidão pelo seu  trabalho belíssimo que prestou e ainda presta à querida UBT.

                           O ilustre Jornalista e  trovador – VICENTE ALENCAR – é o nosso atual Presidente. Com bastante empenho e dedicação, ele  vem conduzindo, satisfatoriamente,  os destinos de nossa querida entidade, que tem como Patrono o divino poeta e trovador – SÃO FRANCISCO DE ASSIS.

 CONSIDERAÇÕES FINAIS.

                              Ao encerrar esta palestra, não poderia deixar de citar  a célebre  frase do grande escritor Jorge Amado , sobre a Trova:  “ Não pode haver criação literária mais popular, que fale mais diretamente ao coração do povo do que a trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e sente sua força. Por isso mesmo, a trova e o trovador são imortais”.

                           Desejo ressaltar que, foi muito bom e prazeroso pesquisar sobre a Trova, conhecer um pouco mais do seu histórico, de sua origem, e do seu alto poder de magia que ela exerce sobre cada um de nós. Este pequenino, mas grandioso poema merece, sem dúvida, real destaque no cenário da literatura brasileira. A trova e o soneto, para mim, representam os mais belos tipos de poema. Por eles tenho a maior predileção.  Aprecio, dos célebres autores,  essas primorosas composições. Passarei a ler, agora, algumas trovas famosas, da autoria de notáveis poetas, que já partiram para o além, mas, em razão de a trova e o trovador serem imortais, eles aqui são relembrados e como que ressuscitados por força da beleza de suas divinas produções literárias. Da mesma forma, lerei trovas de alguns grandes trovadores atuais, dos meus diletos amigos, companheiros da nossa gloriosa UBT Fortaleza, para prestigiá-los, já que essa palestra gira em torno da trova e do trovador.


                                 Encerro esta minha palestra invocando as bênçãos do nosso Patrono SÃO FRANCISCO DE ASSIS sobre todos nós e, em especial, para todos os trovadores do Brasil e do mundo inteiro.

                                   Muito Obrigado

                                    João Udine Vasconcelos.  

sábado, 5 de outubro de 2013

AJEBIANAS DO CEARÁ - NEIDE AZEVEDO LOPES

NEIDE AZEVEDO LOPES
CONSELHO DA DIRETORIA



Maria Neide Azevedo Lopes, NEIDE AZEVEDO. Advogada e poetisa. Presidente da Academia Cearense da Língua Portuguesa (2004 - 2005), Vice-Presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - secção do Ceará - AJEB. Lançou em 1981 o livro de poemas Uma Pausa, uma luz e, em 2001, sua segunda obra, O Resvalar do Sonho. Em recente estudo - Diretrizes da Linguagem Poética - o acadêmico F.S do Nascimento, da ACLP, ressalta a poética das escritoras Neide Azevedo, Beatriz Alcântara, Regine Limaverde, Giselda Medeiros e Rita de Cássia, intitulando-as “Quinteto Drummondiano”. Detentora das menções honrosas no “Prêmio Ideal Clube de Literatura” (2002 , 2004 , 2005 , 2006 e 2007) nas categorias Crônica e Poesia. Voluntária da RFI CC.

AJEBIANAS DO CEARÁ - NEIDE FREIRE

NEIDE FREIRE
CONSELHO DA DIRETORIA



Raimunda Neide Moreira Freire  
Professora, bacharela em Teologia, pela Faculdade Universal de São Paulo. Detém, dentre outros, o troféu Monsenhor Tarciso Melo, outorgado pela Prefeitura de Ubajara (2001). Publicou Acendalhas (crônicas e poemas) e Poemas e Lembranças. Seu nome é verbete do Dicionário de Literatura Cearense, Dicionário de Mulheres, Cearenses Notáveis e Ensaios e Perfis. Pertence à Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno (da qual foi presidente), Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará e à Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB/CE. É sócia correspondente da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul e da Academia Irajaense de Letras –RJ.                   

AJEBIANAS DO CEARÁ - MARIA HELENA MACEDO

MARIA HELENA MACEDO
CONSELHO DA DIRETORIA



Maria Helena do Amaral Macedo. 
Pertence à Academia Feminina de Letras do Estado do Ceará e à Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB-CE). Obras publicadas: O Mundo Poético de Maria Helena (1998), O Mundo Poético de Maria Helena em Caminhos de Estrelas e Saudades (2004), Relembranças (2006). Participa de todos os volumes de Policromias; da antologia nacional  AJEB Letras; da coletânea Fauna e Flora nos Trópicos, dentre outras.                                


AJEBIANAS DO CEARÁ - FRANCINETE AZEVEDO

FRANCINETE AZEVEDO
CONSELHO DA DIRETORIA



Francinete de Azevedo Ferreira. 
Nasceu em Fortaleza. Formada em Letras pela Universidade Federal do Ceará. Membro efetivo de várias entidades: Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno, Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará; Academia Cearense de Retórica; Academia Feminina de Letras do Ceará; União Brasileira de Trovadores, seção de Fortaleza; Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil/CE; COOPCULTURA. Produção literária: Ciranda de Emoções (em parceria com Ezequiel Pinto de Souza); Tributo a um Semeador de Cultura (em parceria com Benildes Batista); Histórias da Tia Nete (em dois volumes); Histórias da Tia Nete no Reino dos Verdes Mares; Para Quem Ama (poemas); Vovó Anastácia e as Mulheres Guerreiras Abolicionistas.   


AJEBIANAS DO CEARÁ - ILNAH SOARES


ILNAH SOARES
CONSELHO DA DIRETORIA



Maria Ilnah Soares e Silva 
Nasceu em Fortaleza-CE no dia 29 de julho de 1928. Médica, formada pela Faculdade de Medicina da Universidade da Bahia, tendo-se iniciado profissionalmente em Ibiapina, cidade interiorana da Serra da Ibiapaba, no Ceará.
No Ex-INAMPS - Fortaleza, exerceu Clinica Geral, foi Supervisora de Hospitais e teve Chefia em Postos Ambulatoriais de Clínicas, no Ex- IAPB.
Frequentou Congressos Internacionais, inclusive o da UMEAL (União de Médicos Escritores e Artistas Lusófonos).
Participou das diretorias da Sobrames Nacional, AJEB e U.B.T. Colaboradora, em todas as Antologias da SOBRAMES, AJEB e das Revistas Literapia e ALMECE.
Publicou os livros: Eflúvios D’alma, em 2001 e Washington Soares – Fragmentos de uma Vida, em 2005.

  

AJEBIANAS DO CEARÁ - IONE ARRUDA GOMES

IONE ARRUDA GOMES
CONSELHO DA DIRETORIA


Ione Arruda Gomes
Professora. Tem Curso de Extensão Universitária de Antropologia Física e Cultural. Curso de Pedagogia pelo INEP. Escritora com 4 livros publicados. Europa Esplêndida recebeu Menção Honrosa no Prêmio Estado do Ceará. Sócia titular da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno e da Academia Columinjubense de Ciências, Artes e Letras; Sócia Emérita da Academia de Letras dos Municípios do Ceará; Sócia Efetiva da Academia Feminina de Letras do Ceará. Pertence à AJEB, ACLA, PAI, ACI. É verbete em vários dicionários, dentre os quais, Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras, de Nelly Novais Coelho (SP). Faz parte de todas as antologias da AJEB e da ALMECE. Personalidade em Destaque da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno ao completar 28 anos de boa frequência e Diploma de Honra ao Mérito, da AJEB, ao contemplar 30 anos de dedicação a esta Associação.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

AJEBIANAS DO CEARÁ - ARGENTINA ANDRADE

ARGENTINA ANDRADE
2ª TESOUREIRA DA AJEB-CE



MARIA ARGENTINA AUSTREGÉSILO DE ANDRADE. 
Nasceu em Sobral-CE. Formada em Administração de Empresas (UECE). Bacharelado em Geografia (UECE). Licenciatura Plena em Geografia (UECE). Licenciatura em Música (UECE). Francês pela Cultura Francesa (UFC) e Curso de Português. Escritora, poetisa, trovadora e artista plástica (pintura, tela, porcelana e escultura). Autora de Gotinhas de Luz, além de diversos artigos em jornais, revistas e coletâneas. Pertence às seguintes entidades culturais: Academia Feminina de Letras do Ceará. Conselheira da Academia de Letras e Artes do Ceará. Sócia Efetiva da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-CE. Conselheira da União Brasileira de Trovadores – Fortaleza. Presidente da Academia Feminina de Letras do Ceará, Vice-Presidente da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno, Secretária do Conselho Estadual da UBT do Ceará e 2ª Tesoureira da AJEB-CE.

                                                                                                                                                     

AJEBIANAS DO CEARÁ - MARIA DO CARMO FONTENELLE

MARIA DO CARMO FONTENELLE
ATUAL 2ª SECRETÁRIA DA AJEB-CE




Maria do Carmo Carvalho Fontenelle
Sócia efetiva da Academia Fortalezense de Letras, da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno e da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-AJEB-CE.
È autora do livro Pioneiras em Evidência
Seu nome consta do Dicionário de Mulheres (RS) – de Hilda Flores.
•          Participa de várias antologias e coletâneas. 
Recebeu menção honrosa em concurso de contos em Algarve/Portugal. Detém várias medalhas.

AJEBIANAS DO CEARÁ - REJANE COSTA BARROS

REJANE COSTA BARROS
ATUAL 1ª SECRETÁRIA DA AJEB-CE



REJANE COSTA BARROS 
Nasceu em Fortaleza-CE em 9 de dezembro; filha de Antonio Eliseu de Barros Filho e Maria Geisa Costa Barros. Formada em Letras, é pesquisadora e revisora.
Com trabalhos publicados em diversas Antologias e Coletâneas, é detentora de vários prêmios, em concursos de poesias e trovas.
Sócia da União Brasileira de Trovadores-UBT, secção de Fortaleza-CE; sócia efetiva da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno, sócia efetiva da Associação de Jornalistas e Escritores do Brasil - AJEB, coordenadoria do Ceará, sócia acadêmica da Academia Feminina de Letras do Ceará – AFELCE.
         Presta serviço de assessoria parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.


AJEBIANAS DO CEARÁ - ZENAIDE BRAGA MARÇAL

ZENAIDE BRAGA MARÇAL
ATUAL 2ª VICE-PRESIDENTE DA AJEB-CE

Zenaide Braga Marçal 
Natural de Fortaleza-CE. 2ª Vice-presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB-CE. Membro da UBT – União Brasileira de Trovadores; Sócia Honorária da Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará – ALMECE; Faz parte do Movimento Cultural Terça-Feira Em Prosa e Verso; Tem participação em várias antologias e jornais literários.  Obteve 1°. Lugar (Poesia) no Concurso Literário “Amor, Música e Poesia”; 2°. lugar (Poesia) no II Concurso Literário “ Professora Edith Braga” – promovido pela AJEB; 3° lugar no Concurso Prof. Costa Matos – Poesia – 2009, da Academia de Letras e Artes do Nordeste – ALANE. Foi presidente da AJEB-CE. Participa das coletâneas Policromias e da Antologia Nacional AJEB - Letras

AJEBIANAS DO CEARÁ - EVAN BESSA

EVAN BESSA
ATUAL 1ª TESOUREIRA DA AJEB-CE




Maria Evan Gomes Bessa
Pedagoga, formada em Letras com especialização em Literatura luso-brasileira. Publicou oito livros infantis, dois de poesia e um de crônica. Faz parte da Academia Feminina de Letras do Ceará, da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno, da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil e da Rede de Escritoras Brasileiras – REBRA. Lançou "Estação Outonal - Poesia" e um livro de Contos. 

AJEBIANAS DO CEARÁ - MARIA LUÍSA BOMFIM


MARIA LUÍSA BOMFIM 
ATUAL 1ª VICE-PRESIDENTE DA AJEB- CE



Maria Luísa Silva Bomfim nasceu em Fortaleza-CE. 
Escritora, poetisa, professora, advogada. É sócia efetiva da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB-CE) e da Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará - ALMECE. Participa do Grupo de Leitura “As Traças”. Co-redatora do informativo “Traçando”. Sócia fundadora do Grupo Lítero-musical “Arteculando”. Publicou Poeira de Estrelas (poesia – 2004). Tem trabalhos publicados em várias antologias, coletâneas e informativos, inclusive em Policromias e AJEB Letras. Foi Presidente da AJEB - Coordenadoria do Ceará.


AJEBIANAS DO CEARÁ - NIRVANDA MEDEIROS

NIRVANDA MEDEIROS 
PRESIDENTE ATUAL DA AJEB - COORDENADORIA DO CEARÁ



Maria Nirvanda Medeiros   nasceu em Camocim – Ceará.

Pedagoga com especialização  em Administração Escolar e Supervisão Escolar. Pós- graduada em Psicopedagogia. Escreveu vários artigos, publicados em revistas, jornais e livros. Sempre profere palestras. Em 1985, publicou o  livro DOMADORAS 100%. É acadêmica – cadeira número  25 -  da Academia  Leonístíca de Cultura do Ceará, da qual foi Presidente (biênio 2004/2005). É  membro  da Academia Feminina  de  Letras, Academia Metropolitana de Fortaleza.  Em 2008 publicou o livro Navegar Pela Vida; em 2005, organizou e participou de artigos  do  livro Rememorando Dias Felizes. É membro  ativo da ALFE (Associação Lojista Feminina). Foi Diretora Cultural, tendo coordenado quatro Revistas da ALFE. Ex- Presidente da ACEPEME – Associação Cearense das Pequenas e Médias Escolas. Membro Ativo da AJEB  (Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, sendo Presidenta atual – biênio 2012/2014. Foi ex-Diretora do Instituto Educacional O Brasinha. É Companheira  Leão, tendo sido, em 2005/2006, Presidente do Lions  Clube Fortaleza – Fátima.

AJEBIANAS DO CEARÁ - GISELDA MEDEIROS

GISELDA MEDEIROS 
PRESIDENTE DE HONRA DA AJEB-CE


Giselda Medeiros
Nasceu em Prata-Acaraú-CE. Graduada em Letras. Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Membro da Academia Cearense de Letras, Academia Cearense da Língua Portuguesa, Academia Fortalezense de Letras, Academia de Letras e Artes do Nordeste, Sociedade Amigas do Livro, Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, da qual foi Presidente Nacional (2002/2006), da União Brasileira de Trovadores - seção Fortaleza, da Associação Brasileira de Bibliófilos e da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno. Ostenta o título de Princesa dos Poetas do Ceará.
Obras publicadas: POESIA: Alma Liberta (1986), Transparências (1989), Cantos Circunstanciais (1996), Tempo das Esperas (2000) e Ânfora de Sol (2010). PROSA: Sob Eros e Thanatos (2002), Crítica Reunida (2007).
Prêmios literários: “V Prêmio Literário Cidade de Fortaleza - Categoria Conto” (1995); “IV Concurso Nacional de Crônicas - Brasília – DF” (1995); “II Prêmio Ceará de Literatura” 1995); “Prêmio Osmundo Pontes de Literatura – Poesia” (1999); “Prêmio Henriqueta Lisboa” e “Prêmio Lacyr Schettino – Poesia” (MG, 2003), “Prêmio Lúcia Fernandes Martins de Poesia” (2008), “XV Prêmio de Poesia Falada do Norte e Nordeste – SE”, dentre outros.

Medalhas:

Medalha E. D’Almeida Vitor – Conselho Editorial da Revista Brasília – DF;

Medalha e Diploma do Centenário da Academia Paraense de Letras – Belém, 2004; Medalha Carlos Drummond de Andrade – outorgada durante o I ENOAL (Encontro Norte/Nordeste de Autores Literários) Natal/RN – 2003; Medalha e Diploma Sesquicentenário do Barão de StudartAcademia Cearense de Letras no Estado do Rio de Janeiro – 2006.
Seu nome é verbete no Dicionário de Mulheres – Hilda Flores – RS
Também no Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras – Nelly Novaes Coelho – SP
  
Fortuna Crítica de Giselda Medeiros

De nome firmado em nosso meio intelectual como poetisa de ousados lampejos, Giselda Medeiros fazia por merecer as louvações a esses atributos sensitivos, usando diferenciado instrumental de transmutação enlevatória dos signos expressos em sua linguagem versificada. Em contínuo avanço nessa área da estética literária, a poetisa Giselda Medeiros chegaria ao Tempo das Esperas, com mais esse acervo de poemas modernistas fazendo jus, em 1999, ao Prêmio Osmundo Pontes destinado ao gênero de sua maior produtividade intelectual. 
                                                          F. S. Nascimento

Os contos de Sob Eros e Thanatos são polifônicos: enquadram-se, ora, no gênero fantástico; mas, também, estabelecem, aqui e ali, diálogos com o maravilhoso – muito presente nas narrativas latino-americanas, em que a realidade histórica ou social está aliada a um mundo mágico –; há os textos alegóricos; e, ainda, os que nascem da colheita dos grãos cotidianos, sofrendo tênue transfiguração: a angústia de um pai pela impossibilidade de reencontrar os filhos que com ele dividem a ceia; a alma da família aprisionada nos retratos; o homônimo do professor machadiano; os desastres de Lúcia; a fome de uns olhos; o milagre do Natal; a verdade inescrutável do rabecão; a epifania de um furto; um rouxinol guardião da beleza; o discurso das flores; a cegueira do mar; os investimentos de Leila...
                                                Carlos Augusto Viana

            Com o livro Sob Eros e Thanatos, Giselda Medeiros apresenta um universo de personagens multiformes, sejam femininos, sejam masculinos, quer adultos, quer crianças, todos muito bem desenhados, e os mostra em situações às vezes próximas do irreal ou do fantástico, mas sempre tendo como objetivo pintar a alma humana. Por outro lado, a contista manipula a linguagem da prosa ficcional como os bons prosadores, utilizando a narração tanto em primeira como em terceira pessoa com a mesma desenvoltura.
                                                           Nilto Maciel
Aos contos de Giselda Medeiros não lhes cabe  a denominação de lineares ou de histórias concretas para serem lidas e narradas oralmente, pelas calçadas ou em círculos de pessoas. Os cenários e motivos ou, melhor dizendo, os pretextos são materiais e concretos: a pousada. A casinha da esquina. A fogueira. A lagoa. A pescaria. A serpente. As flores. A surpresa é que a Autora faz pouquíssimas referências (descrições) à pousada. À lagoa. À fogueira. À casinha da esquina... O leitor vai perceber o pulo rápido e espontâneo e sutil do concreto para o abstrato. Do motivo concreto e particular para o universal. Do palpável ao imaterial. É o aproveitamento do cenário da pescaria, por exemplo, para a fundamentação da traição e para dizer da força do sexo proibido. A serpente é só o pretexto para o aguçamento do desejo sexual e sua concretização.
Dias da Silva

             Sua escritura é construída por meio de uma prosa espontânea, leve e pura que revela a densidade do grandioso poder de criar da Autora.

            A temática envolve sobretudo a vida, diante da tragicidade do destino do homem, ser inconcluso cuja sina é sempre uma trágica incógnita.
            A poetisa é consagrada. E a contista, não tenho dúvidas, terá o mesmo destino. Simplesmente porque é grande!
Genuíno Sales

            Tempo das Esperas é o seu último livro de poemas e com ele Giselda se inscreve entre os melhores poetas de sua geração. Nele a poetisa fala dos motivos e das causas primeiras de sua criação, assim como dos elementos e ritmos que os deuses lhe autorizaram louvar, pois o seu canto, em essência, é um ponto de equilíbrio entre a criação e a louvação, entre a solidão e a paisagem, entre o amor e a poeira do caos que se planta gravada na memória.
Dimas Macedo

            Sua poesia reflete as angústias do tempo presente, inclusive as expectativas do homem finissecular, dilacerado por conflitos de toda ordem, que lhe atingem o corpo e a alma. Mas a sua poesia também canta a esperança, os crepúsculos e alvoradas cósmicas. E canta sobretudo as aleluias do amor, mostrando assim que o ser humano, qualquer que seja a situação em que se encontre, pode alçar vôo para as regiões mais altas do sonho.
Francisco Carvalho

            Vejo-a, portanto, como uma autora em permanente ascensão, cuidando, com seriedade, de seu ofício. O ofício de ser intérprete do espírito humano, numa época a um só tempo gloriosa e terrível, como a que vivemos. E sabe tirar proveito, sempre, de seu comprovado talento, sendo uma das poetisas de maior expressão, nos dias que passam, na Literatura do Ceará.
            Artur Eduardo Benevides

            No livro Transparências, encontro uma poetisa que domina o instrumental poético, sabendo trabalhar tanto o verso livre quanto o verso medido, este notadamente nos sonetos, coisa não muito comum nos poetas que vão surgindo ultimamente.
Sânzio de Azevedo

            Com dois livros de poemas publicados, numa seqüência ascensional, sua trajetória luminosa e lídima alcança, agora, com Cantos Circunstanciais, alturas estelares. Versejando com fluência e desembaraço em todos os ritmos, Giselda Medeiros conquistou o seu lugar ao sol no cenário poético da terra alencarina.
Ferreira Nobre

            Giselda já firmou definitivamente o seu nome como poetisa e já se revelou, de permeio, como uma das nossas contistas mais imaginosas. Contista da condição humana e do imponderável, onde Eros e Tanatos se abraçam. Poetisa também de escol, que paga tributo à lírica e à arte literária de qualidade estética relevante. Crítica Reunida é o livro da sua diversidade e do seu engenho sofisticado e mais ambicioso. Sei que falar em ambição, no caso de Giselda, é agredir um pouco à sua sensibilidade e à sua leveza. Mas a sua ambição literária se fez exatamente contra a sua vontade, e se fez exatamente a partir da sua discussão e da sutilidade com que dissemina no texto que elabora as marcas inconfundíveis do seu tirocínio teórico.
Dimas Macedo

            Inclinando-se para a elegia, a poesia de Giselda Medeiros segue a linha do sofrimento amoroso de uma Florbela Espanca e lembra em alguns aspectos a suavidade do poetar de uma Cecília Meireles, mas sempre mostrando a necessária criatividade, portando uma imagística criativa e impregnando-se de uma sensualidade entre contida e instigante. Encontra-se nessa poesia a construção de um “claro enigma”, em que o hermético não se instaura, pois a autora acena com pistas clarificadoras de um sentido subjetivo. A dor causada por adversidades opõe-se, entre os versos, ao prazer amoroso, sempre implícito, pois esse apenas se vislumbra como desejo tormentosamente irrealizado.
Linhares Filho

             Giselda esposa com sutileza o delírio da metáfora e verte todo o seu imaginário na argamassa do texto e na compleição dos poemas. Em plena alucinação criativa, arranca aplauso em cada verso, e pune sua alma inquieta com o madrigal do silêncio. E é na matriz deste silêncio que ela cresce e encaminha sua poesia para o encantamento.
José Telles