No último dia 30 de outubro de 2017, a Ajebiana Evan Bessa reuniu a Família e um grupo de amigos, no Dallas Grill, para comemorar mais um ano de vida e fazer o lançamento de mais um livro de sua autoria, intitulado
Mergulhos Existenciais (Poesia), com afetuosa dedicatória à Princesa dos Poetas do Ceará, Giselda Medeiros. Consta também da abertura do livro um preito de gratidão às amigas , companheiras de trabalho, Helenira Limaverde e Lúcia Negreiros. Presente estava a Diretoria da AJEB-CE.
A cerimonialista, Arleni Portelada, acolheu, gentilmente, a todos os convidados, ocasião em que teceu ligeiros comentários sobre a Autora aniversariante e sua obra.
Seguiram-se as falas de Evan Bessa, a anfitriã; em seguida, Giselda Medeiros e Francinete Azevedo, que fez a apresentação da obra.
Foi realmente um supimpa final de tarde!
A FALA DE GISELDA MEDEIROS
Ligeira apresentação de “Mergulhos
Existenciais”, de Evan Bessa
A escritora Evan Bessa, já
amplamente conhecida no mundo da literatura infantil, traz-nos, hoje, no dia de
seu aniversário, um belo mimo. Trata-se de mais uma obra. Desta feita,
“Mergulhos Existenciais”, em cujas palavras constantes do prólogo, insiste em
dizer: “escrevo poemas por uma necessidade de extravasar emoções, liberar a
catarse, mesmo tendo consciência da minha inabilidade acerca do gênero, que
considero muito difícil. No entanto, sou uma pessoa ousada e tento superar
desafios, no tocante a determinadas fragilidades que julgo possuí-las”.
Entretanto, ao analisarmos sua
poesia, constatamos exatamente o contrário. A Autora de “A Vida nas Asas do
Tempo”, seu livro de estreia no gênero, pisa, habilmente, a passarela da Poesia,
chegando com classe, com passo firme, como quem já conhece os caminhos e
desvãos desta lúdica e misteriosa passarela.
A religiosidade, a família, o tempo,
em sua inexorabilidade, a vida e o homem, com seus dramas existenciais são a
matéria-prima, com a qual Evan Bessa trabalha seu universo poético, sabendo que
a existência é uma brutal condenação do homem a um permanente confronto com as
coisas inevitáveis. Por isso é necessário um permanente estado de vigilância. Eis
aí por que os poetas são imprescindíveis. Eles nos induzem a descobrir o Belo e,
assim, podermos desfrutar a existência em toda a sua plenitude, na busca de
novos mundos, onde possamos pairar acima de todas as coisas, mas conscientes de
nossa finitude.
Evan Bessa explora os dramas
sociais, com a mesma segurança de que se reveste quando trabalha a saudade, o
amor, a solidão, o metafisicismo, os temas religiosos e familiares, exercícios com
os quais a poetisa denuncia as grandes injustiças sociais, a violência, a
discriminação. E, como todo criador (conforme dissemos na apresentação de “A
Vida nas Asas do Tempo”) procura trabalhar sua palavra como forma de
libertação, como alimento necessário, como maneira de superar as dores e
angústias existenciais, como uma procura incessante de paz e harmonia, conforme
ela mesma afirma. E nós, os outros, com nossas diferenças, por certo, haveremos
de chegar ao consenso de que a palavra é, na realidade, a nossa principal
ferramenta para a compreensão do mundo e dos seres. E é com ela, a palavra,
como assevera Nietzsche, que o homem dança sobre todas as coisas. Bendita seja
a Palavra!
Muito obrigada
Giselda Medeiros