Coube a Ex-Presidente e, agora, 2ª Vice-Presidente Zenaide Marçal proferir a oração de júbilo pela data auspiciosa, a qual vai aqui transcrita.
Muito me honra haver sido uma das indicadas pela Presidente Maria Luisa Bomfim, para dirigir algumas palavras à nossa Presidente de Honra Giselda Medeiros, pelo seu aniversário, hoje, 14 de julho.
Giselda, disse Saramago que “nenhum dia é festivo por já ter nascido assim: seria igualzinho aos outros se não fôssemos nós a fazê-lo diferente”.
Nesse intuito é que estamos aqui reunidos, a fazer deste dia um dia diferente, festivo, pois, assim queremos que seja o dia em que aniversarias e comemoras o dom da Vida; desta vida na qual fazes tão bela e sábia caminhada, embora te digas aprendiz, quando, à pág. 25 do teu livro – Tempo das Esperas – assim te expressas: “ Sou aprendiz da vida / e na minha travessia / busco as estrelas / como guia”. Com essa afirmativa, nos fazes lembrar o saudoso poeta ajebiano José Costa Matos, segundo o qual “a vida não dará presentes. / A plenitude humana / é trabalho de mineração / com galerias cavadas no infinito”.
Assim, querida amiga, acredito que, tendo por guia as estrelas, deves ter feito um excelente trabalho dessa mineração de que nos fala o poeta, porque tens, acumulados, inestimáveis tesouros de conhecimentos e de sabedoria, através dos quais te entregas com devoção a tudo o que fazes e a todos aqueles que amas: a tua família, os que que fazem parte do teu círculo de amizades, e os que têm em comum contigo o gosto pela literatura.
Muitas vezes me pergunto de que forma encontras tempo suficiente para atenderes a tantas solicitações que te são feitas, como correções, prefácios, julgamento de concursos, etc. e para compareceres às reuniões e festas literárias. E, depois de tudo isso, ainda tens o espaço necessário para a criação de teus inspirados poemas e trabalhos em prosa, tudo irrepreensivelmente correto. Assim, nos dás mostras da sensibilidade que abrigas na tua alma e que partilhas conosco, pois, segundo o escritor Newton Gonçalves, no seu livro póstumo – Prosa Dispersa – “A literatura purifica a linguagem para revelar os estados íntimos do espírito, para fazer que os outros participem do que temos dentro de nós”.
Daí vem, por certo, a beleza que pões em tudo o que escreves. Por isso, louvando essa tua virtude de bem saber escrever, não deixo passar a oportunidade de citar Fernando Pessoa, que assim se expressa: “Dizer! Saber dizer! Saber existir pela voz escrita e a imagem intelectual. Tudo isto é quanto a vida vale”.
Que mais direi? Eu que, para falar-te neste momento, tive que recorrer ao que disseram vários escritores? – Decido pelo simples e deixo falar o coração...
Giselda querida, olha em volta de ti e vê, em cada um de nós, aqui presentes, o apreço, o respeito e a benquerença que te dedicamos.
Peço desculpas, mas, como já fiz, anteriomente, em uma das festas comemorativas do teu aniversário, refiro-me, novamente, à forma pela qual um de meus parentes antepassados, do alto da sua sabedoria, costumava abençoar-nos dizendo: Deus te cubra de fortuna! Fortuna, palavra variável e abrangente, cujo significado depende dos sonhos de cada um, valendo ventura, sucesso, boa-sorte, felicidade, sendo que esta última engloba todas as formas do Amor. São estes dons, Giselda, inerentes à fortuna, que , neste teu aniversário, em meu nome e em nome da AJEB, auguro para a tua vida, sob as bênçãos de Deus, nosso Pai.
Parabéns!
Zenaide Marçal
14 de julho de 2010
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