1.Antonio Girão Barroso: Maria, na doce paz deste poema sem lágrimas/minha mão quer te ofertar rosas e não versos;
2. Artur Eduardo Benevides: Porque ao fim da tarde já cheguei,/sentindo que meus dias vão findar,/jovem- só por te amar – ainda serei;
3.Carlyle Martins: E vendo-nos, ao luar de estranhos brilhos,/de mãos dadas, aos beijos, nossos filhos/dirão que enlouquecemos de paixão;
4. Carlos Augusto Viana: O teu corpo é um barro alucinado,/fruto de finas águas;e os tecidos/que o cobrem têm o âmbar cultivado/por dedos de farândolas tingidos;
5. Carlos Drummond de Andrade: Para amar uma mulher, mais que/tentar conquistá-la/ há de ser conquistado...todo tomado e, um pouco de sorte, também ser/amado;
6. Castro Alves: Eu fui a brisa, tu me foste a rosa,/fui mariposa,/-tu me foste a luz;
7.Cecília Meireles: Está vendo os salões que se acabaram/embala-te em valsas que não dançou/ levemente sorri para um homem/O homem que não existiu;
8. Cid Carvalho: Pois sigo na lágrima tua e quando encostas /o ouvido no meu peito, ouves o tropel nervoso/do meu cavalo louco nos caminhos do fim;
9.Dimas Macedo: quero-te o ventre/partilhado de lírios./E os círios acesos/de teus lábios;
10.Florbela Espanca: Amo-te tanto! E nunca de beijei.../E neste beijo, Amor, que eu te não dei/guardo os versos mais lindos que te fiz;
11.Francisco Carvalho: Assim nasceu o pecado,segundo/a escritura bíblica. Alguns sábios/acreditam/nessa ingênua metafísica;
12.Gerardo Melo Mourão:... eterna solidão da eterna noite/ e teu último poeta fere na pedra a boca//súbito lembrada do teu nome;
13. Giselda Medeiros: E sei mais:que por amor/tornas gostoso o amargo do jiló/e que fazes nascer um sol indefinido/na escuridão dos eclipses da vida
14. Horácio Dídimo: O pão nosso de cada dia nos dai hoje/pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta?Não há ternura/pelo fruto de suas entranhas;
15.João Dummar Filho: És a virgem exigente/e eu o pecador/és a verdade esplendorosa e eu, da existência a dor;
16.Batista de Lima:E Deus/ criou a mulher/para dar luz/ao homem;
17.Barros Pinho: Nos olhos da amada/o verbo edifica/os acentos da solidão;
18. José Telles: Não preciso, sequer,/ tocar tuas entranhas,/dá-me apenas a paisagem do teu corpo para ser aplaudida;
19.Juarez Leitão: Os pés de Donamaria contam histórias/de muitas lutas e poucas maravilhas!/Os calos são medalhas de suas glórias /conseguidas nos lombos dessas trilhas;
20.Leda Maria: Vez ou outra, acordamos mas/ lentamente, repetindo textos santos,/canções de marinheiros/e versos de partida;
21.Linhares Filho: Meu destino é a quietude que se esconde sobre tuas/algas e sob a tua salsugem;
22.Luciano Maia: Ó musa ignota, ser misterioso/caprichosa, lindíssima mulher/ e me fazer ousar: e ainda ouso/ o poema encontrar, onde ela quer;
23.Millôr Fernandes: Deus, a graça é imerecida,/mas dai ainda/ uns aninhos de vida;
24.Octavio Paz: Teu corpo se constela de signos verdes/renovos num corpo de árvore/ não te imposta tanta miúda e cicatriz luminosa:/olha o céu e a sua verde tatuagem de estrelas;
25.Olavo Bilac: Amo-te! Sou feliz! Porque, do Éden perdido,/ levo tudo, levando o teu corpo querido/pode em redor de ti, tudo se aniquilar/tudo renascerá cantando ao teu olhar;
26.Paul Verlaine: E os cuidados que vós podeis ter são apenas/andorinhas voando à tarde pelo céu/-Querida- num belo dia de setembro;
27.Pedro H.S. Leão: eterno é o que um só segundo/ é o que passou tão de repente/ sem dar tempo amanhecer;
28.Regine Limaverde: Sofro pelas mulheres que não tiveram/ os seios tocados/ os lábios procurados;/que se cansaram, em vão, ou jamais dormiram/ no leito de um Deus;
29.Roberto Pontes: Felizes são aqueles que amantes/dão-se de todo aos ritos do seu jogo/ e amparam suas mágoas e desejos/ na reciprocidade sacra dos seus ventres;
30.Soares Feitosa: Mantive a prisioneira sob algemas/que ninguém é louco de manter/tesoiro tão rico ao léu;
31.Vinícius de Moraes: E de te amar assim, muito a miúde/é que um dia em teu corpo de repente/ hei de morrer de amar mais que pude;
32. Virgílio Maia: Trago-te a mim, te entrego os corações/que flechados e azuis tragos nos braços. /Quero agora guiar-me por teus passos/ E no teu corpo haurir loucas lições;
33.Walt Whitman: Não se envergonhem, mulheres/é de vocês o privilégio de conterem/os outros e darem saída aos outros;
34. William Shakespeare: Assim é o meu amor e a ti o reporto/ por todas as culpas eu suporto.
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