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sexta-feira, 17 de julho de 2015

PEREIRA DE ALBUQUERQUE LANÇA NOVO LIVRO -



A Arte Lírica de Alberto de Moura
 Apresentação de Zenaide Marçal

     Sabemos que  José Pereira de Albuquerque é um nome que dispensa apresentações por tratar-se de escritor fecundo, cuja competência é demonstrada através da dimensão de sua obra  a qual alcança hoje o décimo segundo título, em livros já publicados, entre  Poemas , Crônicas, Trovas e mesmo um Romance.
     Em várias oportunidades, nessas nossas reuniões literárias, ouvi o escritor Pereira de Albuquerque tecendo elogios àquele poeta que lhe havia ensinado, ainda na sua querida cidade de Ipaumirim, a teoria da versificação, principalmente no que se refere ao soneto. Nesses momentos, demonstrava grande admiração e respeito por quem tão bem lhe havia transmitido esses conhecimentos, motivado que foi por haver notado a inspiração contida nos seus versos de jovem adolescente interessado pela poesia.
     Hoje, reconhecido escritor, poeta e trovador, José Pereira de Albuquerque  patenteia a sua gratidão àquele poeta trazendo a lume esta obra que ora vos apresento, intitulada  - A Arte Lírica de Alberto de Moura – eis aí o nome desse poeta que lhe serviu de mestre na arte de compor poemas. Pereira de Albuquerque “moveu céus e terra”, como se costuma dizer, no sentido de reunir, pelo menos em parte, o legado poético desse extraordinário artífice do verso, a fim de enfeixá-lo num livro, levando em conta que o autor nunca se dispôs a fazer sua publicação.
     O livro tem início com fatos biográficos de Alberto de Moura, seguindo-se a mostra de sua obra que se compõe, na maior parte, de sonetos .
     Na parte – O Homem -  que trata da biografia, vemos um relato quase minucioso da vida  do Poeta desde que foi transferido para Ipaumirim. Nessa oportunidade, constatamos, mais uma vez, o perfeito prosador que é Pereira de Albuquerque. Este, no seu livro intitulado – O Ridículo das coisas – declara que “escrever é um tormento” e explica de forma veemente o porquê dessa afirmativa. No entanto, o que vemos nos seus escritos contradiz esta asserção  e nos leva a imaginar que, ao escrever, o faz com grande facilidade.  Se assim não fora, como explicar a elegância das suas expressões, a riqueza do seu vocabulário, a impecável construção frasal, a fluência com que se refere aos assuntos tratados?
     Seja dito, de passagem, que observamos isso, também, em outros autores, como em Nélida Piñon, renomada escritora da Academia Brasileira de Letras, que diz no seu livro – Coração Andarilho – “escrever é sempre um esforço que me parece, às vezes, impossível de enfrentar”. Mas, como é prazerosa a leitura de seus livros! Assim como acontece quando lemos os livros de Pereira de Albuquerque!
     Continuemos. Falando da vida de Alberto de Moura, refere-se à sua chegada a Ipaumirim, à sua adaptação ao modo de vida da cidade, à forma como soube fazer amigos.   Conta como ele, o Poeta, os reunia  para a leitura de poemas e para uma boa prosa, despertando-lhes o gosto pelo verso, pela boa música, pelos bons costumes enfim.
     Pereira de Albuquerque não poupa comentários elogiosos a Alberto de Moura. Comenta o cidadão correto, suas boas qualidades, o equilíbrio que marcava suas atitudes, a personalidade, e, sobretudo a excelência de sua verve poética.
     Na parte do livro intitulada – Obra – encontramos 37 sonetos alexandrinos, perfeitos e impregnados da mais pura poesia. Poeta de grande sensibilidade, Alberto de Moura nos enternece de modo especial no soneto intitulado – O Mar – quando, referindo-se à inquietude do mesmo, dá-lhe alma e diz  no segundo quarteto:
     
     Ao contemplá-lo assim revolto e furibundo,
     No seu gemer constante em que eu vejo carpindo
     Condói-me. E a minha dor é tanta que confundo
     Seu infindo sofrer com o meu sofrer infindo.

     Encontramos, também, sonetos de sublime inspiração religiosa, e tomo como exemplo o poema: No caminho de Emaús, cuja leitura encheu-me de emoção,  O Santo de Assis, e outros.
     O certo é que este Poeta nunca parou de escrever poesias. Na página 115 deste livro consta um soneto intitulado – O Pedido de Meu Pai – onde ele relembra seu pai quando  dizia: “Alberto, deixa de fazer tanto verso”. Então,  declara que não pôde atendê-lo, dizendo: “pois jamais consegui deixar de fazer versos”. Tanto é verdade que,  aos noventa anos,  escreveu o soneto -  Nonagenário - , onde fez um resumo das passagens importantes de sua vida.
     Constam, ainda, deste livro: Redondilhas, onde encontramos admiráveis sonetilhos e algumas trovas; Versos Outros; Cordel; e, finalizando, uma parte denominada Hinário. São quatro hinos com letras de sua autoria: Hino de Ipaumirim, Hino da Escola Dom Francisco de Assis Pires, Hino do Colégio XI de Agosto e Hino do Centenário da Paróquia de Nossa senhora da Conceição de Ipaumirim.
     Segue-se, então,  um Posfácio, escrito pelo próprio Autor deste livro, o qual publica um pequeno texto em prosa, de autoria do  Poeta  cuja obra é aqui exposta.
     Quero, ainda, afirmar-lhes que o que aqui foi dito revela apenas uma mínima parte do que contém este livro – A Arte Lírica de Alberto de Moura, mais uma preciosa obra do nosso valoroso e estimado escritor, o poeta José Pereira de Albuquerque.   A ele, por este valiosíssimo trabalho, e pelo gesto que encerra, minhas sinceras congratulações. Aos seus leitores, a certeza de uma proveitosa e agradável leitura.

                                                                                
Obrigada.

FOTOS


O Cerimonialista Vicente Alencar


A Apresentadora da obra - Zenaide Marçal


A fala do Autor


As ajebianas Nirvanda Medeiros, Evan Bessa, Rejane Costa Barros, 
Zenaide Marçal e Giselda Medeiros


O Autor ladeado por amigos


Pereira de Albuquerque e 
a apresentadora da obra, Zenaide Marçal


Pereira de Albuquerque com as escritoras Giselda Medeiros, 
Rosa Firmo e Nirvanda Medeiros, Presidente da AJEB-CE.

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