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terça-feira, 14 de outubro de 2014

PEREIRA DE ALBUQUERQUE ENTREGA AO CEARÁ UM NOVO LIVRO


O auditório da Associação de Aposentados Fazendários Estaduais do Ceará - AAFEC - foi palco para o lançamento do livro "De Mim e de Outros", de autoria de Pereira de Albuquerque.
Em manhã concorridíssima, a cerimonialista Arleni Portelada abriu a sessão literária, falando sobre o acontecimento e sobre o Autor, para, em seguida, dar a palavra à escritora Giselda Medeiros, que fez a apresentação da obra.
Assim se expressou a apresentadora:


DE MIM E DE OUTROS – UM LIVRO OUSADO
Giselda Medeiros

Iniciemos a apresentação deste livro com as palavras do próprio Autor:

“Em boa parte das páginas que se seguem, há sérios motivos para controvérsia. Com efeito, o livro de ensaios (não seriam crônicas ou artigos?) que entrego agora ao público cearense, é mesmo polêmico em várias passagens. Aliás, para um e outro leitor mais apressado, parecerá pretensioso, embora os termos em que foi escrito não autorizem esse juízo. ‘De mim e de Outros’, portanto, nada tem de bombástico. É, quando muito, um livro corajoso”.

Evidentemente, corajoso não é o livro, para desfazer a metonímia, corajoso é o próprio Autor que exercita o arrazoado pensamento de Nelson Werneck Sodré (1911 – 1999, militar e historiador brasileiro), ao judiciar: “Aquele que não tem condições para enfrentar a verdade e proclamá-la, sejam quais forem as consequências, não tem condições para ser escritor”.

Constatamos essa verdade ao longo da leitura dos ensaios de Pereira de Albuquerque e, mais, intuímos que o Autor dispensa atenção especial aos valores nacionais, sem desprezar a boa literatura estrangeira, sua importância, desde que o escritor esteja comprometido com a realidade com a qual está lidando. Mostrar o máximo possível de responsabilidade e seriedade ao desenvolver seu trabalho é indispensável, uma vez que ele vai assumir o importante papel de um formador de opiniões.

Notamos, outrossim, nos ensaios de Pereira de Albuquerque, a contundente capacidade que lhe é inerente de trabalhar as palavras, sob um estilo sóbrio, elegante, eclético, em que suas impressões da realidade avultam-se claras, evitando a forma deturpada ou enviesada, sem esconder fatos, tampouco, submeter-se a exigências de outros, carentes de loas, para ostentarem sua falsa grandeza. Não!  Pereira de Albuquerque possui caráter e senso de responsabilidade.  E é essa a verdadeira natureza do escritor, já que é ele um agente ativo, formador de consciências.

Ler, portanto, ensina-nos o Autor de “O Ridículo das Coisas”, não é apenas um passatempo, mas a oportunidade de se adquirir conhecimentos, de se tornar, também, um crítico da realidade que nos circunda e da sociedade na qual estamos inseridos. Por isso, sua sensibilidade artística sempre atenta ao fato de que ele, escritor, é parte indissociável de um contexto sociopolítico e cultural, do qual deve participar ativamente, sentindo-lhe as mudanças, para ensejar ao leitor reflexões sobre o seu papel junto à coletividade. E sabe o bom leitor que por trás da arte de escrever há um discurso, uma visão de mundo a ser apreendidos.

Pereira de Albuquerque, como escritor polígrafo que é, deixa o leitor na comodidade necessária, uma vez que, em sua poesia, seus contos, suas crônicas, trovas, seus romances e ensaios, mediante estilo agradável, linguagem clara e bem trabalhada, dá-nos prova de sua invejável cultura. Há em seu texto um desenrolar contínuo de assuntos e ideias, expondo variados temas: a literatura, as questões religiosas, metafísicas e filosóficas, os mandos e desmandos da política, a crítica literária, a desigualdade social, os malefícios do preconceito, dentre outros, acrescentando, ainda, as investidas em sua própria condição de ser humano, desnudando-se diante de seu leitor.

Constate o leitor, diante do que expusemos até aqui e do que comentamos sobre seu livro “O Ridículo das Coisas” (Fortaleza: RBS Editora, 2005), que Pereira de Albuquerque já deixava extravasar, à época, inegável talento para a arte de escrever. Vejamos: “Ressalte-se nele o engenhoso trabalho das ideias, nas quais põe o seu abalizado conceito, resultado da riqueza das leituras que fez (e que faz) de grandes autores da nossa literatura e da universal. São conceitos, em sua maioria, levantadores de polêmicas, aos quais ele sabe imprimir o seu ponto de vista, sem querer, contudo, impingir-nos a aceitá-los. Antes, conduz-nos, discretamente, a uma reflexão para, daí, tirarmos as nossas próprias conclusões”.

Comprova-se essa verdade, ao recebermos hoje o seu décimo primeiro livro, tendo outros, ainda, à espera do nascimento. E note-se o crescente desempenho artístico do Autor de “O Lado Obscuro do Amor”, a cada livro publicado.
E, para finalizar, evocamos o advogado, jornalista, político, diplomata e poeta carioca, Francisco Otaviano. Em seu poema “Ilusões de Vida”, está bem definida a trajetória percorrida por nosso querido escritor Pereira de Albuquerque:

 “Quem passou pela vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro de homem - não foi homem,
Só passou pela vida - não viveu.”

Recomendamos, pois, a leitura do livro “De Mim e de Outros”. Você vai fazer uma extraordinária viagem cultural.
Obrigada


Ao final, Pereira de Albuquerque fez seus agradecimentos, de forma inusitada. Recorreu aos versos e às rimas, deixando que a Poesia conduzisse suas palavras.




NUMA NOITE DE AUTÓGRAFOS


Como é bom relancear o olhar e ver
lotar este auditório o povo amigo
que se dispôs a partilhar comigo
esses doces momentos de lazer!

Antes de qualquer coisa, é meu dever
agradecer assim, com metro e rima,
pois vão comprar meu livro e, ainda por cima,,
é quase certo que o pretendem ler.

O livro, esse objeto encantador,
nem só de tinta e de papel é feito,
e só merece a láurea de perfeito
quando instrui ou diverte o bom leitor.

Oxalá possa o meu livrinho amado
merecer de vocês desvelo e estima...
ele não é, decerto, uma obra-prima, 
mas foi escrito com o maior cuidado.

Por isso o leiam sem afobação,
de esp'rito aberto e vagarosamente;
não há maneira mais eficiente
de saber quando um livro presta ou não!

Leiam, pois, por bondade, o livro meu;
de outro modo, é preciso ter em mente
que, para o homem de bem, não é decente
falar mal de uma obra que nem leu.

Leiam-no, que isso me trará conforto,
a mim, o autor feliz, pois é sabido
que um livro só tem vida se for lido;
e eu não quero que o meu já nasça morto.

Digam, depois, o que vos aprouver:
que é fraco, é feio, é pobre e sem proveito,
mas ninguém venha me apontar defeito
sem ter lido uma página sequer!

"De mim e de outros" tem... Ora é tolice
tomar mais tempo de vocês - é espinho!
Falar... dizer o quê do meu livrinho,
depois de tudo que Giselda disse?!

E ela sabe o que diz. Em Fortaleza
não conheço escritor melhor do que ela...
Quem quiser reclamar, reclame dela,
se é capaz de arrostar uma "Princesa"!

"de mim e de outros" me custou suor;
mas, se ainda assim, não agradar ninguém,
já me sinto perdoado; e, ano que vem,
tratarei de escrever coisa melhor!  







16/9/2014

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