sábado, 30 de janeiro de 2010
MORTE DAS PAIXÕES - SÉRGIO MACEDO
As nossas paixões morreram.
Adormeceram nossas crenças.
Os meus e os teus caminhos continuam abertos,
réus de si mesmos.
Procuramos as rosas negras no céu,
não as vemos, não as temos.
A tua imagem se desvanece à medida que o tempo passa.
Dissolve-se em mim, eu mesmo, lido como pessoa.
Não tenho, não temos mais procuras nem esperas.
As rosas negras no céu desapareceram,
dentro de garagens fétidas.
Não creio em tua crença nem tu no em que acredito.
Temo não vê-la mais,
escondida que estarás, sempre, atrás de barris de pólvora e outros pensamentos.
Temo não tê-la mais,
nas mãos de quem estás, na emoção sob a qual estás.
Mas isso é apenas um simplório sinal dos tempos.
Tenho por perdido o diamante louco e belo.
Temo sermos, nós dois, o diamante que perdemos.
Temo estar, sem saber, hibernando qual um urso, à espera do próximo
inevitável inverno da alma.
Temo não alcançá-la nem ver a ventania e a nevasca da manhã, tal qual
o velho e cansado e perecível urso, perdido
dentro da brancura perdida de seus tempos...
Adormeceram nossas crenças.
Os meus e os teus caminhos continuam abertos,
réus de si mesmos.
Procuramos as rosas negras no céu,
não as vemos, não as temos.
A tua imagem se desvanece à medida que o tempo passa.
Dissolve-se em mim, eu mesmo, lido como pessoa.
Não tenho, não temos mais procuras nem esperas.
As rosas negras no céu desapareceram,
dentro de garagens fétidas.
Não creio em tua crença nem tu no em que acredito.
Temo não vê-la mais,
escondida que estarás, sempre, atrás de barris de pólvora e outros pensamentos.
Temo não tê-la mais,
nas mãos de quem estás, na emoção sob a qual estás.
Mas isso é apenas um simplório sinal dos tempos.
Tenho por perdido o diamante louco e belo.
Temo sermos, nós dois, o diamante que perdemos.
Temo estar, sem saber, hibernando qual um urso, à espera do próximo
inevitável inverno da alma.
Temo não alcançá-la nem ver a ventania e a nevasca da manhã, tal qual
o velho e cansado e perecível urso, perdido
dentro da brancura perdida de seus tempos...
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