domingo, 29 de setembro de 2013
TRIBUTO À MEMÓRIA DO TROVADOR EZEQUIEL PINTO DE SOUZA - GISELDA MEDEIROS
A UM POETA QUE SE FEZ
ESTRELA
(para Ezequiel Pinto
de Souza – in memoriam)
Deixemos, então, que esse
murmúrio de águas correntes
embale nossa saudade.
Deixemos que as nuvens
movediças
desçam com seu olhar de
náufragos
sobre o peito das nossas lembranças.
Deixemos que essa música de
terra molhada
penetre em nosso coração
e acorde os versos do poeta
adormecido.
Deixemos que nossos olhos
volúveis
e cheios de dúvidas
perscrutem no espelho do
horizonte sombrio,
silencioso ancoradouro dos
sonhos,
a luminosidade daquela
estrela
pousada em nossa humana visão
na invisível forma de Poesia,
na invisível forma de quem,
serenamente,
foi projetar-se na pupila de
Deus,
sem inércia nem esquecimento,
sem amargura nem
fraquejamento,
porque a felicidade divina se
lhe fez sorriso.
Agora, é como depois de um
temporal,
e um anjo derramou sua taça
cheia de amor
sobre o grande rio da vida,
alagando-lhe as margens de
saudade.
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