Nasceu em Prata-Acaraú-CE. Graduada
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
AJEBIANAS DO CEARÁ - GISELDA MEDEIROS
GISELDA MEDEIROS
PRESIDENTE DE HONRA DA AJEB-CE
Giselda Medeiros
Nasceu em Prata-Acaraú-CE. Graduadaem Letras. Professora de Língua Portuguesa e
Literatura Brasileira. Membro da Academia Cearense de Letras, Academia Cearense
da Língua Portuguesa, Academia Fortalezense de Letras, Academia de Letras e
Artes do Nordeste, Sociedade Amigas do Livro, Associação de Jornalistas e
Escritoras do Brasil, da qual foi Presidente Nacional (2002/2006), da União
Brasileira de Trovadores - seção Fortaleza, da Associação Brasileira de
Bibliófilos e da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno. Ostenta o título de
Princesa dos Poetas do Ceará.
Nasceu em Prata-Acaraú-CE. Graduada
Obras publicadas: POESIA: Alma Liberta (1986), Transparências (1989), Cantos Circunstanciais (1996), Tempo das Esperas (2000) e Ânfora de Sol (2010). PROSA: Sob Eros e Thanatos (2002), Crítica Reunida (2007).
Prêmios literários: “V Prêmio
Literário Cidade de Fortaleza - Categoria Conto” (1995); “IV Concurso Nacional
de Crônicas - Brasília – DF” (1995); “II Prêmio Ceará de Literatura” 1995); “Prêmio
Osmundo Pontes de Literatura – Poesia” (1999); “Prêmio Henriqueta Lisboa” e “Prêmio Lacyr Schettino – Poesia”
(MG, 2003), “Prêmio Lúcia Fernandes Martins de Poesia” (2008), “XV Prêmio de Poesia Falada do Norte e
Nordeste – SE”, dentre outros.
Medalha E. D’Almeida Vitor –
Conselho Editorial da Revista Brasília – DF;
Medalha e Diploma do Centenário da Academia Paraense de Letras –
Belém, 2004; Medalha Carlos Drummond de
Andrade – outorgada durante o I
ENOAL (Encontro Norte/Nordeste de Autores Literários) – Natal/RN
– 2003; Medalha e Diploma
Sesquicentenário do Barão de Studart – Academia Cearense de
Letras no Estado do Rio de Janeiro – 2006.
Seu nome é verbete no Dicionário de Mulheres – Hilda Flores – RS
Também no Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras – Nelly Novaes
Coelho – SP
Fortuna
Crítica de Giselda Medeiros
De nome firmado em nosso meio intelectual como poetisa de ousados
lampejos, Giselda Medeiros fazia por merecer as louvações a esses atributos
sensitivos, usando diferenciado instrumental de transmutação enlevatória dos
signos expressos em sua linguagem versificada. Em contínuo avanço nessa área da
estética literária, a poetisa Giselda Medeiros chegaria ao Tempo das Esperas,
com mais esse acervo de poemas modernistas fazendo jus, em 1999, ao Prêmio
Osmundo Pontes destinado ao gênero de sua maior produtividade intelectual.
F. S. Nascimento
Os contos de Sob Eros e Thanatos são polifônicos:
enquadram-se, ora, no gênero fantástico; mas, também, estabelecem, aqui e ali,
diálogos com o maravilhoso – muito presente nas narrativas latino-americanas,
em que a realidade histórica ou social está aliada a um mundo mágico –; há os
textos alegóricos; e, ainda, os que nascem da colheita dos grãos cotidianos,
sofrendo tênue transfiguração: a angústia de um pai pela impossibilidade de
reencontrar os filhos que com ele dividem a ceia; a alma da família aprisionada
nos retratos; o homônimo do professor machadiano; os desastres de Lúcia; a fome
de uns olhos; o milagre do Natal; a verdade inescrutável do rabecão; a epifania
de um furto; um rouxinol guardião da beleza; o discurso das flores; a cegueira
do mar; os investimentos de Leila...
Carlos
Augusto Viana
Com o livro Sob Eros
e Thanatos, Giselda Medeiros apresenta um universo de personagens
multiformes, sejam femininos, sejam masculinos, quer adultos, quer crianças,
todos muito bem desenhados, e os mostra em situações às vezes próximas do
irreal ou do fantástico, mas sempre tendo como objetivo pintar a alma humana.
Por outro lado, a contista manipula a linguagem da prosa ficcional como os bons
prosadores, utilizando a narração tanto em primeira como em terceira pessoa com
a mesma desenvoltura.
Nilto Maciel
Aos contos de Giselda Medeiros não lhes cabe a denominação de lineares ou de histórias
concretas para serem lidas e narradas oralmente, pelas calçadas ou em círculos
de pessoas. Os cenários e motivos ou, melhor dizendo, os pretextos são
materiais e concretos: a pousada. A casinha da esquina. A fogueira. A lagoa. A
pescaria. A serpente. As flores. A surpresa é que a Autora faz pouquíssimas
referências (descrições) à pousada. À lagoa. À fogueira. À casinha da
esquina... O leitor vai perceber o pulo rápido e espontâneo e sutil do concreto
para o abstrato. Do motivo concreto e particular para o universal. Do palpável
ao imaterial. É o aproveitamento do cenário da pescaria, por exemplo, para a
fundamentação da traição e para dizer da força do sexo proibido. A serpente é
só o pretexto para o aguçamento do desejo sexual e sua concretização.
Dias da Silva
A temática envolve
sobretudo a vida, diante da tragicidade do destino do homem, ser inconcluso
cuja sina é sempre uma trágica incógnita.
A poetisa é consagrada.
E a contista, não tenho dúvidas, terá o mesmo destino. Simplesmente porque é
grande!
Genuíno Sales
Tempo das Esperas é
o seu último livro de poemas e com ele Giselda se inscreve entre os melhores
poetas de sua geração. Nele a poetisa fala dos motivos e das causas primeiras
de sua criação, assim como dos elementos e ritmos que os deuses lhe autorizaram
louvar, pois o seu canto, em essência, é um ponto de equilíbrio entre a criação
e a louvação, entre a solidão e a paisagem, entre o amor e a poeira do caos que
se planta gravada na memória.
Dimas Macedo
Sua poesia reflete as
angústias do tempo presente, inclusive as expectativas do homem finissecular,
dilacerado por conflitos de toda ordem, que lhe atingem o corpo e a alma. Mas a
sua poesia também canta a esperança, os crepúsculos e alvoradas cósmicas. E
canta sobretudo as aleluias do amor, mostrando assim que o ser humano, qualquer
que seja a situação em que se encontre, pode alçar vôo para as regiões mais
altas do sonho.
Francisco Carvalho
Vejo-a, portanto, como
uma autora em permanente ascensão, cuidando, com seriedade, de seu ofício. O
ofício de ser intérprete do espírito humano, numa época a um só tempo gloriosa
e terrível, como a que vivemos. E sabe tirar proveito, sempre, de seu
comprovado talento, sendo uma das poetisas de maior expressão, nos dias que
passam, na Literatura do Ceará.
Artur Eduardo
Benevides
No livro Transparências, encontro uma
poetisa que domina o instrumental poético, sabendo trabalhar tanto o verso
livre quanto o verso medido, este notadamente nos sonetos, coisa não muito
comum nos poetas que vão surgindo ultimamente.
Sânzio de Azevedo
Com dois livros de poemas publicados, numa
seqüência ascensional, sua trajetória luminosa e lídima alcança, agora, com Cantos
Circunstanciais, alturas estelares. Versejando com fluência e desembaraço
em todos os ritmos, Giselda Medeiros conquistou o seu lugar ao sol no cenário
poético da terra alencarina.
Ferreira Nobre
Giselda já firmou
definitivamente o seu nome como poetisa e já se revelou, de permeio, como uma
das nossas contistas mais imaginosas. Contista da condição humana e do
imponderável, onde Eros e Tanatos se abraçam. Poetisa também de escol, que paga
tributo à lírica e à arte literária de qualidade estética relevante. Crítica
Reunida é o livro da sua diversidade e do seu engenho sofisticado e mais
ambicioso. Sei que falar em ambição, no caso de Giselda, é agredir um pouco à
sua sensibilidade e à sua leveza. Mas a sua ambição literária se fez exatamente
contra a sua vontade, e se fez exatamente a partir da sua discussão e da
sutilidade com que dissemina no texto que elabora as marcas inconfundíveis do
seu tirocínio teórico.
Dimas Macedo
Inclinando-se para a
elegia, a poesia de Giselda Medeiros segue a linha do sofrimento amoroso de uma
Florbela Espanca e lembra em alguns aspectos a suavidade do poetar de uma
Cecília Meireles, mas sempre mostrando a necessária criatividade, portando uma
imagística criativa e impregnando-se de uma sensualidade entre contida e
instigante. Encontra-se nessa poesia a construção de um “claro enigma”, em que
o hermético não se instaura, pois a autora acena com pistas clarificadoras de
um sentido subjetivo. A dor causada por adversidades opõe-se, entre os versos,
ao prazer amoroso, sempre implícito, pois esse apenas se vislumbra como desejo
tormentosamente irrealizado.
Linhares Filho
José
Telles
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