Penso no poema,
e ela me vem,
a Poesia,
das profundezas de sua carne
macia e verde
com seu ruflar de asas de mel
e de arminho.
Esgueira-se buliçosa
no sótão de minha vida
qual furacão
de sons e de palavras,
metáforas azuis, a entreter as chamas
da agonia.
E ei-la aprisionada nos domínios
do poema
açoitada pelos ventos
que trouxeram de ti
a essência da paisagem
de tua alma.
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