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sexta-feira, 30 de abril de 2010

A LETRA POÉTICA DE SILVIO, BENDITO PELOS SANTOS


Quando criança, um parente presenteou-me com um livro. No livro, a história da persistência. Chamava-se MENSAGEM A GARCIA e o autor era Elbert Hubbard. A história fala que a um homem fora dada uma missão quase impossível. Teria que levar uma mensagem a uma pessoa que não conhecia, num lugar que não sabia onde era. Assim mesmo, aceita o desafio e a ele se dedica com afinco e perseverança. A aventura é fantástica porque são enormes os obstáculos que enfrenta. Ao término, a gente se comove com a coragem e o otimismo do personagem que nunca desiste de sua tarefa, mesmo caindo tantas vezes e tendo o mundo todo contra ele.
Lendo a mensagem a Garcia, ficamos cheios de entusiasmo, e acabamos dizendo a nós mesmos que nada nos impedirá de conquistar o mundo. Ao nos depararmos com mais uma obra de Silvio dos Santos Filho, temos a certeza de sua evolução literária e de sua construção na prosa poética, de sua persistência em levar sua mensagem aos leitores e a eles permitir ter esperança. A cada tijolo colocado, sua obra se engrandece e se descortina diante de nossos olhos num deslumbramento pulsante.
Há neste livro um sopro de energia que nos passeia à alma, nos envolve o semblante, nos traz alegrias, nos permite muitos momentos de emoções. Os textos produzidos em linguagem simples nos mostram um autor de espírito grande e a conduta sublime dos bons, auferindo das coisas e do tempo motivações e arrebatamentos, mostrados em sua obra, os quais se tornam para nós, retratos de um dia-a-dia de expressões cristalinas e o doce perigo da aventura a rondar nossas pegadas.
Silvio dos Santos Filho mostra-se maduro, aprimorado pela experiência, vivido em suas leituras, cujo exercício maior é a imaginação. Consciente de que muitos se perdem em outros lugares, ele trabalha com a paciência de um artesão, fazendo e refazendo as rendas de um bordado demorado, cuidadoso. Vai cortando arestas e plantando raízes que, sabe muito bem, darão planta boa, forte, fluente.
Pela frente, sabe que tem o horizonte perpétuo dos filhos de Orfeu e sabe, também, que traz nesta obra um recado: que viver é o mais importante e necessário. Mesmo passando por agruras, devemos pensar no amanhã, que será sempre melhor que o hoje. As perdas, as decepções, as lamúrias devem ser deixadas de lado, e o sorriso leve e morno de um amigo pode nos redimir de todo e qualquer mal.
Seu livro é rico em detalhes, em verbos conjugados, em veredas a serem desvendadas, e cada leitor que nele ponha as mãos vai se enxergar em algumas das histórias nele contidas. Há nesta publicação uma riqueza de temas, com os quais o autor constrói sua escritura e nos cristaliza as sensações.
Imaginamos vários lugares em um só, várias pessoas numa só, muitos momentos em nenhum especial. O comum dá lugar ao vertical, ao poético jeito do autor nos apresentar sua prosa. Essa verdade estética é experiência amorosa, é maneira simples de edificar o crescimento literário deste homem que desvenda sua alma e fala de amor e morte como se esses sentimentos fizessem parte de um só itinerário.
As palavras se ampliam e criam asas, voando entre figuras de linguagem e o esboçar de um distinto ato de doação: o amor.
Em seus passos de andarilho, vem açoitando as mulas mancas que teimam em estacionar em seu trajeto, tirando lições e criando alguns truques de como enganar o destino, riscando um traço a cada esquina e fazendo curvas em toda a extensão de seus afetos.
A literatura é sua senhora e dona, amada e amante de quase todas as horas. A terra de Iracema e Alencar o acolheu de braços abertos e não se arrepende de ter registrado em seu cartório maior, o coração, esse filho bondoso, vindo de longe para ser o mais fiel intérprete da alma nordestina, dando o tom certo às canções que vem compondo por esse caminhar poético.
Retire as pedras, sopre a poeira e acalente suas serenas lembranças de menino sonhador, de ilustre caminhador, de condutor maior do seu passeio em busca desta que é a única construção à qual o homem se permite, sem medos e sem moléstias, que é a busca para a felicidade e a certeza de todas as conquistas!
O que justifica viver é a busca da felicidade.
Este é um livro para ser delicadamente folheado e lido sem pressa!

Rejane Costa Barros
Da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil

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