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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

SAUDADES... MARIA HELENA MACÊDO


SAUDADES...

São como véus que se embalam no recôndito da memória alongando-se como se quisessem
assenhorear-se de todo o nosso ser, na ausência indelével de nossos entes amados.
São como os incensos queimando a alma, queimando nossos sonhos em sombras de visões fugidias, ninhos desfeitos no cume da montanha de nossas vidas, pelo fragor da ventania adversa.
O travo forte da dor da saudade é o nunca mais! E o pranto corre no desfolhar das
lágrimas semelhante ao orvalho que se condensa ao cair da noite e enregela nosso coração.
O labirinto crepuscular da saudade nos enleia numa teia da qual é muito penoso sair.
Ficamos acorrentados à dor que nos sufoca, nos arrebenta o peito, pois toda saudade é irremediavelmente dorida.
O destino com seu determinismo nos rouba da vida o sabor da convivência, do sorriso, do falar, do abraço, do carinho, do conforto do amor, tudo o que conquistamos, como a essência de ser feliz. Assim, Tristão de Ataide disse que "Nada supre a ausência nem conforta a solidão".
O marinheiro sente saudades de seu mar, do horizonte que divisava, do fragor das ondas,
ao conduzir o seu barco do qual foi o timoneiro.
Casimiro de Abreu já dizia em seus versos:
"Ai, que saudades que tenho
da aurora da minha vida,"
Tudo são saudades: da infância, da adolescência, do colégio, dos amigos ausentes, mas elas são figurativas em nossa visão distante... Também são ocasionais, fagueiras, muitas ocorrem com risos os até gargalhadas de momentos hilários.
Um nosso querido amigo, Cel Noé Rebello de Araújo, ensinou-me a sublimar a saudade com esta máxima: "Face à visão cristã do sentido da vida, o que completa e enriquece a saudade é a Fé, regida pela Esperança e alicerçada pela Caridade. Não basta querer que volte, mas permaneça".
Quando o destino, o acaso, a infelicidade, o imponderável nos subtai um ente querido, nada nos resta senão verter muitas lágrimas, lutar para superar muitas dores, lentas e irreparáveis, difíceis. E como são difíceis!!!
Imagino quão sofrido foi o sentimento dos lusitanos ante o afastamento da sua amada terra portuguesa, saudade que lhe fez nascer o fado, com o qual procuravam aliviar suas tristezas pela privacidade que lhes foi imposta, fazendo-os ausentar-se de seu torrão.
Como é lamentável que a beleza da palavra SAUDADE, a mais bela palavra de todas as línguas, adormeça tantos corações nas desilusões da vida!!!

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